O governo catarinense anunciou nesta segunda-feira (18/2) que vai fazer o que a maioria da população da Grande Florianópolis pede: reformar as pontes de ligação à Ilha de Santa Catarina.
O governador, Carlos Moisés, autorizou uma descentralização orçamentária de aproximadamente R$ 31 milhões para contemplar o serviço, incluindo também a supervisão, controle e fiscalização das obras. Tais trabalhos ficarão a cargo da Cejen Engenharia (reforma) e da Engevix (supervisão).
É uma resposta rápida à sociedade catarinense para um problema que se arrasta há décadas, envolvendo diferentes órgãos e administrações estaduais, mas que agora parece se encaminhar para um alívio geral. Na última semana, o desprendimento de uma peça de ferro na pista de rolagem da ponte Pedro Ivo Campos fez aumentar o temor por piores consequências da falta de manutenção e também o clamor pela reforma.
Rearranjo financeiro
Além da agilidade em definir a execução do trabalho, Carlos Moisés também deu sorte na conjuntura dos fatos. Houveram muitas idas e vindas do edital de supervisão da obra ao Tribunal de Contas do Estado, argumentado que os requisitos de escolha da empresa não eram suficientes. Sem a empresa definida para a supervisão, a Cejen, que já tinha ganho o edital para a reforma em 2016, não podia iniciar o trabalho.
A nova administração estadual resolveu logo a questão no início deste mês de fevereiro e, diante do clamor, bateu o martelo para findar as críticas. As pontes serão enfim reformadas, após décadas praticamente sem manutenção.
Consta no anúncio desta segunda: “Trata-se de um rearranjo financeiro, que vai retirar receitas de outras fontes para garantir a revitalização”.
Permanece esta última dúvida: Diante de uma política de cortes e enxugamento da máquina, de onde virá o dinheiro? Em contato com algumas secretarias de governo, a reportagem do Correio de Santa Catarina não conseguiu a resposta, nem se a verba será da própria pasta de Infraestrutura.
O governo diz que se um pedido de financiamento para a reforma protocolado junto ao BNDES no final de 2018 for aprovado, este rearranjo financeiro será refeito, “para devolver esses R$ 31 milhões ao caixa do Estado. De qualquer forma, o recurso próprio para a obra já está garantido”.
A estimativa agora é de que até o final deste mês ocorra a assinatura da ordem de serviço.
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