O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) divulgou nessa quarta-feira (6/3) uma análise preliminar das amostras de água coletadas na baía de São José diante da constatação de mortandade de peixes. A região da orla Sul, entre a Beira-mar, Centro Histórico e Ponta de Baixo também teve mau cheiro constante nos últimos dias, que pode ser diretamente dos cardumes.
A análise das amostras foi feita no Laboratório Oficial de Análise de Resíduos e Contaminantes em Recursos Pesqueiros (Laqua) do IFSC em Itajaí.
Segundo o informativo, há uma proliferação de microalgas do gênero Karenia na região. Essas algas são frequentemente associadas à mortalidade de peixes e invertebrados marinhos em todo o mundo, inclusive no Brasil. No geral, as espécies desse gênero desempenham um papel essencial, mas, se proliferarem em excesso, podem provocar danos ao animais.
O IMA afirma que em São José a principal hipótese é que a mortalidade de peixes observada nas praias da orla entre a Beira-mar e a Ponta de Baixo foi causada por uma floração de uma espécie ainda não identificada de Karenia spp., por causa de quantidade significativa encontrada nas amostras. Nas imagens aéras feitas pela equipe aparecem algumas manchas próximo às faixas de areia onde os cardumes foram encontrados.
Segundo a Prefeitura de São José, a Secretaria de Infraestrutura recolheu na manhã desta quarta cerca de 100 quilos de peixes mortos na orla da Beira-Mar de São José, Centro Histórico e na Ponta de Baixo.
Novas análises estão em andamento para confirmar ou refutar essa hipótese. Segundo o instituto, a floração excessiva da microalga Karenia spp é um evento comum em diversas partes do planeta e pode ser provocado por fatores naturais e/ou de origem humana.
