Apesar de suspensão de venda de moluscos, Fenaostra está garantida

Foto: SC Rural/Divulgação

A Cidasc emitiu no último dia 30 uma nota técnica proibindo a retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves em Florianópolis, Porto Belo e Palhoça. São inclusos nesse grupo mexilhões, vieiras, berbigões e as ostras, produto central da Fenaostra, que inicia nesta quinta-feira (6/9) no Centro da Capital.

De acordo com a nota da companhia, em monitoramento ambiental foi detectada a presença de ficotoxinas DSP, conhecida como toxina diarreica, na amostra de mexilhões procedentes das localidades de:  Ilha João da Cunha, Araçá e Perequê (Porto Belo); Freguesia do Ribeirão, Costeira do Ribeirão, Caieira da Barra do Sul e Taperinha do Ribeirão (Florianópolis); e Praia do Cedro e Praia do Pontal (Palhoça).

A Cidasc havia informado na ocasião que novas amostras seriam analisadas para verificar a presença desta toxina nestas áreas de monitoramento e nas outras áreas onde são cultivados moluscos e que a situação poderia se normalizar assim que as próximas amostras apresentarem resultados negativos.

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Em entrevista à uma rádio na manhã desta terça (4/9), o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, garantiu que a cidade dispõe de um sistema de controle sanitário rigoroso e que a festa não seria afetada pela proibição. Em nota, a prefeitura informou que “a festa seguirá normalmente. Nossos técnicos estão acompanhando a situação, que deverá ser normalizada em breve”.

mapa do litoral mostrando pontos liberados e pontos proibidos
Este era o mapa da situação de proibição no litoral catarinense em 29/8 – Imagem: Cidasc/Divulgação
Toxina DSP

A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dynophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. A presença de Dynophysis é conhecida em Santa Catarina e por isso os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Cidasc no litoral. Os últimos episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em junho de 2016 e, anteriormente, em 2014, 2008 e 2007.

Os sintomas causados pela DSP são diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais e se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá normalmente entre dois e três dias.

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