Ao ser preso na segunda fase da Operação Et Pater Filium, na manhã dessa quinta-feira (13/8), Orildo Severgnini (MDB) comunicou a renúncia da presidência da Federação Catarinense de Municípios (Fecam). O prefeito de Major Vieira teve passagem curta à frente da federação, posto que assumiu em 4 de junho.
Segundo a Fecam, quando houve a primeira fase da operação, parte do conselho executivo pediu afastamento dele por causa do suposto envolvimento com corrupção. Na ocasião foram apreendidos R$ 321 mil em sua residência, provenientes de fraudes em licitações da prefeitura sob seu comando, aponta o Ministério Público. Severgnini falou em reunião com a executiva em 11 de agosto que permaneceria ainda à frente Fecam até que as coisas se encaminhassem e para ter seu direito de defesa, mas, se houvessem novos desdobramentos prejudicando o nome da federação, se afastaria, o que ocorreu nessa quinta. Nesse tempo, sua permanência como presidente criava uma grande discórdia interna.
Segundo a Fecam, as medidas legais de acatamento da renúncia estão sendo tomadas e a direção da entidade deve orientar o sistema de municípios catarinenses nas próximas horas.
Carta de renúncia
Em carta de renúncia, o prefeito afirma que faz para honrar o compromisso assumido nessa reunião de 11 de agosto.
“O faço porque acredito na capacidade técnica da valorosa equipe que integra a FECAM e com a confiança de que o municipalismo catarinense se fortalecerá ainda mais com a superação dos desafios sem precedentes que se apresentam aos gestores públicos municipais neste segundo semestre”, afirma Severgnini no documento.