Bem complicada
O Figueirense, dentro de sua casa, tinha a oportunidade de encaminhar a sua classificação antecipada para a próxima fase do Catarinão. O Hercílio Luz, que vem decepcionando o seu torcedor até o momento, veio a Florianópolis e até os 30min do primeiro tempo foi o melhor em campo e voltou para o vestiário no intervalo cuspindo cobras e lagartos contra a arbitragem sobre um possível pênalti a seu favor. Com os dois times em campo, a arbitragem complicada de Rodrigo D’Alonso Ferreira deu a saída para o segundo tempo, que foi mais equilibrado com pouca técnica. Raro empate sem gols ficou de bom tamanho para ambos os times, que não fizeram por merecer a vitória. Esse jogo serviu para a estreia de Alexandre Lopes, ex-jogador do Figueirense, Corinthians e seleção brasileira, no comando do Leão do Sul e o torcedor alvinegro saiu do Scarpelli xingando a arbitragem, que realmente foi bem complicada.
Sempre arrebenta
A situação de Claudinei Oliveira no comando da Chapecoense não está sendo nada fácil, deixando o treinador muito chateado com a sua diretoria. Depois da derrota para o Marcílio Dias por 2 a 1 em Itajaí, Claudinei lascou a lenha pra cima de todos. O comandante do Verdão do Oeste reclamou contra a sua diretoria, pois queria que o time viesse de avião de Chapecó até Navegantes. A Chapecoense é o time neste estadual que faz as mais longas viagens, em média 10h de ônibus por estradas catarinenses. Ele pediu mais participação de sua diretoria nesse aspecto, no que ele está coberto de razão. São viagens longas e constantes, jogadores entregues ao DM, uma sequência de jogos, e como é de praxe no futebol brasileiro, a corda sempre arrebenta para o treinador.
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Cartão azul
Ainda é muito prematura a aplicação do cartão azul no futebol profissional. A FIFA nega o uso deste cartão numa partida de futebol, mas não descarta a ideia. Acho interessante o uso do cartão azul, que retiraria um jogador da partida por 10min. A utilização deste cartão seria em casos de desrespeito contra a arbitragem ou lances de simulação, o que são práticas comuns de nossos jogadores. Na visão deste velho escriba, o cartão azul numa partida seria uma forma de tentar melhorar o comportamento destes jogadores que se acham espertinhos simulando faltas e não permitir desvantagens aos times, já que o jogador terá de ficar por um tempo fora de campo. E até mesmo para calar a boca de muitos comentaristas metidos a “entendidos” no assunto que criticam quando um cartão amarelo; eles dizem que é muito pouco para o lance, e quando é o vermelho eles falam que o árbitro foi exagerado.
Largar nas costas
Poucos treinadores, em início de carreira, tiveram uma trajetória tão estupenda do que Fernando Diniz. Ele foi carregado pela mídia esportiva e não faltaram elogios por conta da sua teoria de colocar em campo um time que jogasse aquele velho e bom futebol que estávamos com saudade de assistir. Digo isso, fazendo um parâmetro entre Diniz e o trabalho que vem realizando até Eduardo Barroca no Avaí. Ele sabe que a sua situação diante dos torcedores azurras não anda nada boa e a corda pode arrebentar para o seu lado. Ele sabe que não pode vacilar, mas, ainda assim, vive inventando. Que ele já demonstrou ser um bom técnico, isso é fato. O problema é quando o modelo atual que ele vem pondo em jogo não é traduzido em rendimento e resultados. Foi assim contra o Joinville, quando time vencia por 2 a 0 e tomou o empate no apagar das luzes. O básico do básico, é só Barroca escalar o time correto do Leão, sem inventar e largar nas costas deles as responsabilidades. Está difícil entender os critérios de Barroca, se é que existem, né?