Atendimento no contraturno reforça a educação especial em São José

    Atendimento Educacional Especializado (AEE) amplia desenvolvimento infantil

    Diagnóstico precoce de TEA é fundamental para bom desenvolvimento educacional
    Diagnóstico precoce de TEA é fundamental para bom desenvolvimento educacional, afirma professora dedicada a essas crianças - Foto: PMSJ/Divulgação/CSC

    A estudante Marina Frederico, do 3º ano da Escola Básica Municipal (EBM) Vereadora Albertina Krummel Maciel, foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) quando tinha 2 anos. A mãe conta que no início o grau era considerado severo, mas que hoje, aos 9 anos, ela está evoluindo para o nível moderado. “Posso dizer que a escola é a maior terapia. A interação com as crianças é algo natural e ela aprende muito; ao mesmo tempo em que nos ensina. Agradeço à Prefeitura por todo apoio educacional para o desenvolvimento da Marina”, citou Glaci Vieira Cascaes Frederico.

    Além das aulas regulares, Marina frequenta também o Atendimento Educacional Especializado (AEE). São 18 polos na rede municipal de ensino para disponibilizar, no contraturno escolar, suporte às crianças e aos estudantes público da educação especial.  “No AEE, identificamos as necessidades de cada aluno e elaboramos e organizamos recursos pedagógicos para o desenvolvimento deles”, citou a professora do polo AEE da EBM Albertina Krummel Maciel, Márcia Godinho Sandri.

    Os serviços do AEE são voltados para alunos com deficiência intelectual, visual, auditiva, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e estudantes com altas habilidades/superdotação. Atualmente, 420 crianças e estudantes frequentam o AEE em São José.

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    Atividades lúdicas que favoreçam as habilidades cognitivas, funções executivas, a atenção, a concentração e a memorização são exemplos de atividades desenvolvidas no AEE. João Vitor da Rosa Barbosa, de 12 anos, conta que adora o AEE. “Aqui eu brinco de quebra-cabeça, massinha, jogos. Até lembro a minha mãe no dia que tem Márcia”, opinou o jovem, diagnosticado com TEA.

    Atuação além do assessoramento estudantil

    Profissionais especializados com formação em Pedagogia e complementação em Educação Especial coordenam os trabalhos nos polos do AEE. Esses profissionais orientam e assessoram os pais e os profissionais da unidade escolar. Identificam e elaboram estratégias pedagógicas, flexibilizando o currículo e adaptando ou adequando os materiais que possam contribuir para aprendizagem. Com esse trabalho, potencializam o desenvolvimento da autonomia dos estudantes público da educação especial e contribuem no processo de inclusão, permanência e escolarização dos estudantes

    Favorecem, assim, condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular, garantindo serviços especializado de acordo com as necessidades individuais dos alunos público da educação especial. “Com nosso olhar atento, também temos habilidade para observar os alunos com possíveis deficiências e assim fazer os encaminhamentos, chamamos a família para conversar e orientar, juntamente com os professores regentes e de disciplina, bem como com a equipe pedagógica da escola”, detalhou a professora Márcia.

    Assim que a professora Márcia iniciou os trabalhos na EBM Albertina Krummel Maciel, o número de crianças atendidas no AEE saltou de 11 para 36 (2018-2019). “O diagnóstico precoce é fundamental para o acompanhamento efetivo”, frisou Márcia.

    Para o diretor Carlos Eduardo Vieira Areas, a escola precisa contribuir também com a inclusão social. “O papel da escola vai além do pedagógico. A gestão escolar envolve todos: profissionais, pais, alunos e comunidade escolar. Cabe a nós fazemos todas as adaptações necessárias, analisando as peculiaridades de cada um para que o aluno se sinta bem aqui na escola”, ponderou.

    A professora Márcia reforçou: “não é a criança que tem que se adaptar à escola. É a escola que tem que se adaptar à criança. A gente trabalha muito isso. Independentemente de ter laudo com diagnóstico ou não, todos são nossos alunos”.

    Planejamento

    Com o aumento do número de crianças e de estudantes que são público da educação especial e para aprimorar ainda mais o atendimento, a Secretaria Municipal de Educação planeja ampliar para 20 o número de polos de AEE para o ano letivo 2023.

    A Prefeitura de São José também está projetando a construção do Centro de Atendimento Multiprofissional em Educação Especial (CAMEE). “O Centro terá ações conjuntas entre as secretarias municipais de Educação e de Saúde para o desenvolvimento integral aos estudantes da educação especial da rede municipal de ensino de São José”, explicou a secretária municipal de Educação, Ana Cristina Hoffmann.

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