O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira (27/8) mudanças no Pix e outros meios de pagamento eletrônico de forma a aumentar a segurança dos sistemas. A maioria das mudanças está relacionada com os limites de pagamento autorizados.
Entre as mudanças estão o limite de R$ 1.000,00 para operações entre pessoas físicas (incluindo MEIs) utilizando meios de transferência das 20 horas às 6 horas, incluindo transferências intrabancárias, Pix, cartões de débito e liquidação de TEDs.
Também será possível que o cliente escolha limites de transferência diferentes no Pix para os períodos diurno e noturno. O BC vai dar prazo entre 24 e 48 horas para 24 horas e máximo de 48 horas para aumento de limites de transações com meios de pagamento.
Os bancos terão funcionalidade que permita aos usuários cadastrar previamente contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, permitindo manter seus limites baixos para as demais transações.
Até o final de julho, em oito meses de funcionamento, o BC registrava 294 milhões de chaves cadastradas no Pix com cerca de R$ 526 milhões transacionados no mês. Nos oito meses de funcionamento, porém, diversos casos de golpes relacionados ao meio de pagamento começaram a ganhar volume e por isso o BC resolveu fazer alterações de segurança.
Segundo o BC, essas medidas, bem como a possibilidade de os clientes colocarem os limites de suas transações em zero, aumentam a proteção dos usuários e contribuem para reduzir o incentivo ao crime contra a pessoa utilizando meios de pagamento. A instituição alerta ainda que os mecanismos de segurança presentes no Pix e nos demais meios de pagamento não são capazes de eliminar por completo a exposição de seus usuários a riscos.
