Alguns bolsonaristas adeptos aos bloqueios ilegais das vias em Santa Catarina organizaram protestos em Florianópolis, mesmo com determinações judiciais para uso da força policial impedindo a colocação de barreiras e liberação das estradas.
Na manhã desta terça-feira (1/11), por volta de 11h20, os manifestantes iniciaram tentativa de fechar a SC-401, parando caminhões no acostamento próximo à saída do Caminho dos Açores e gerando lentidão na via, porém foram rapidamente impedidos pela Guarda Municipal e pela PMRv.
Outro grupo foi para a frente do batalhão do Exército no bairro Estreito, no Continente, provocar intervenção na via General Eurico Gaspar Dutra. No momento há um estreitamento de pista no local com uso de caminhões, sem interdição, e engarrafamento resultante da manifestação na avenida.
Segurança vai identificar e multar
Em coletiva de imprensa também na manhã dessa terça, chefes do Colegiado Superior de Segurança Pública de Santa Catarina reforçaram que vão seguir as decisões judiciais para liberar as estradas e afirmam que vão identificar infratores que promovem os bloqueios ilegais.
A motivação das manifestações de parte do eleitorado bolsonarista é antidemocrática. Foi o que reforçou o representante do MPF, Felipe D’Elia Camargo: “Grande parte das motivações desses movimentos constituem pautas antidemocráticas e constituem atividades criminosas. Em razão disso o Ministério Público Federal já determinou às forças de segurança, notadamente a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, que identifiquem esses manifestantes, principalmente as lideranças, para que futuramente eles possam ser responsabilizados tanto criminalmente, quanto civilmente”.
O representante do MPSC, Luciano Trierweieller Naschenweng, falou sobre as possíveis investigações a partir do órgão: “Vamos disponibilizar toda estrutura do Gaeco de Santa Catarina à investigação para identificar os responsáveis pela obstrução de rodovias em Santa Catarina. As oito equipes regionais do Gaeco já estão mobilizadas e prontas para auxiliar”, afirmou.
O presidente do Colegiado, Giovanni Adriano, informou que serão aplicadas de fato as multas: “Serão aplicadas multas de 10 mil reais por pessoas física e multa de 100 mil reais por hora por CNPJ, no caso da pessoa ou empresa com caminhão permanecer no bloqueio. No passado foram aplicadas essas multas e foram cobradas muito rapidamente”, disse o representante da Polícia Científica.
Saúde prejudicada
O secretário estadual de Saúde, Aldo Batista Neto, afirmou em entrevista cirurgias eletivas já foram canceladas em diversas cidades de Santa Catarina, além de problemas de distribuição de medicamentos vacinas e no Estado, que segue suspensa. Um caminhão que partiu da central em São José com destino ao Hospital Tereza Ramos, em Lages, também não conseguiu chegar ao destino. A secretaria avalia encaminhar os insumos via transporte aéreo.
