A forte chuva que iniciou na madrugada desta quinta-feira (24/1) provocou alagamentos e estragos em Florianópolis, Palhoça, Biguaçu e principalmente São José, onde 55 ocorrências foram registradas até o período da tarde.
Até as 9h da manhã desta quinta já havia chovido o correspondente à metade do previsto para todo o mês, acumulando 70 ml de chuva.
A ocorrência mais grave foi a morte de uma menina de 12 anos, após o desabamento de um muro sobre a casa onde ela estava, na Fazenda Santo Antônio, em São José.
A residência estava alugada pela avó e a tia da família que dormia na hora do desabamento. A tia foi a primeira que conseguiu sair da residência e acionou a ajuda dos vizinhos que retiraram o pai, que estava preso pelas pernas, e o filho de 5 anos.
A Defesa Civil municipal chegou ao local e, junto com a equipe do 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal de São José, fizeram a retirada do corpo de uma menina de 12 anos que ficou soterrada nos escombros. Moradores de Caçador, a família veio passar as férias de verão com a avó e a tia. A equipe da Secretaria de Assistência Social também esteve no local para prestar atendimento à família.
O Rio Araújo, que corta a região central da cidade, transbordou e deixou intransitável a Av. Josué di Bernardi, no bairro Campinas. Alguns carros que tentaram atravessar a área alagada acabaram presos, assim como funcionários e clientes em lojas da região.
No Morro do Avaí, bairro São Luiz, uma casa desabou com o deslizamento de terra, mas sem vítimas fatais. Em Potecas uma casa em um morro também desabou. No Pedregal, uma cratera se abriu na rua geral do bairro, limitando o trânsito em meia pista.
A prefeita Adeliana Dal Pont acompanhou durante todo o dia a situação de São José e fez um alerta para que a população em risco procure o Centro de Atenção à Terceira Idade (Cati), na Beira-Mar de São José, onde a Secretaria de Assistência Social está montando uma central de atendimento para quem precisar de abrigo devido às fortes chuvas.
Florianópolis
Em Florianópolis houve registro de deslizamento de terra em morro da área central, na Rua Monsenhor Topp, onde duas kitnets foram parcialmente atingidas e tiveram de ser interditadas. Em geral, ruas e avenidas da cidade ficaram alagadas e as equipes trabalharam para desobstruir galerias pluviais.
Biguaçu
Em Biguaçu os bairros mais atingidos foram Bom Viver, Fundos, Jardim Janaína, Prado, Praia João Rosa, Rio Caveiras, Saveiro e Vendaval.
Até ao meio-dia foram registradas cinco famílias desabrigadas, 10 desabamentos de muros e cerca de 200 casas danificadas de alguma forma pela chuva.
Segundo levantamento da Secretaria de Defesa Civil de Santa Catarina, Biguaçu foi o município que registrou o maior volume de precipitação nas últimas seis horas, com 117 mm.
A Epagri/Ciram manteve alerta para todas as regiões do estado sobre temporais localizados, com ventania e pontuais de chuva forte em curto espaço de tempo, devido a passagem de uma frente fria pelo litoral catarinense.
