A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Comcap, implanta na semana que vem mais uma etapa da coleta seletiva de orgânicos. Estimativa é coletar em residências e encaminhar para compostagem pelo menos 22 toneladas de restos de alimentos por mês. Este ano, de forma pioneira no Brasil, a Comcap instituiu a coleta da terceira fração de resíduos: a seletiva de orgânicos. Já há coleta seletiva de recicláveis secos e de rejeitos.
“Coletar as três frações porta a porta ou em pontos de entrega descentralizados será um passo gigante. Como o projeto Beija-flor nos anos 80 e a coleta seletiva nos anos 90”, aponta o presidente da Comcap, Lucas Arruda.
Os orgânicos correspondem a 35% de tudo que é encaminhado ao aterro sanitário pela cidade. Destes, 24% são restos de alimentos e 11% resíduos verdes (podas, restos de jardinagem e folhas varridas na limpeza pública). “É material que serve à compostagem e à agricultura urbana, basta o cidadão separar na fonte e entregar para a coleta certa”, indica Arruda.
Projeto Piloto de sucesso no Itacorubi
A Comcap começou em 10 de novembro piloto de coleta seletiva de orgânicos em dois condomínios do Itacorubi. Em um mês, foram coletados 500 quilos de resíduos orgânicos nos residenciais Millenium e Mondrian, processados no pátio de compostagem do centro de valorização de resíduos (CVR) em parceria com Associação Orgânica.
Bem sucedido, o projeto experimental será replicado em até 11 condomínios residenciais do entorno, a partir da semana que vem. Serão atendidas quase 700 unidades habitacionais, com estimativa de 2 mil usuários e potencial de geração de 18 toneladas de resíduos orgânicos por mês.
No primeiro mês, cada pessoa separou média de 8,7 quilos de orgânicos, quase um quilo acima do estimado pela caracterização de resíduos da cidade.
As metas da cidade são reciclar 60% dos recicláveis secos e 90% dos orgânicos até 2030. Cenário em que economizará R$ 50 milhões ao ano entre redução no custo do transporte e aterramento sanitário e ganhos na reciclagem. Nessa conta, R$ 12 milhões ao ano correspondem aos orgânicos que hoje vão para aterro como rejeitos, porque são entregues para a coleta convencional.