O stress pode trazer inúmeros malefícios para o nosso organismo e dependendo do caso a pessoa pode sentir fome em excesso ou apenas não sentir fome. O fato de não sentir fome em uma situação estressante acontece porque alguns sinais hormonais sinalizados pelo nosso corpo desvia energia para outros assuntos mais urgentes do que comer. Já a fome em excesso acontece quando as glândulas adrenais liberam cortisol, que aumenta o apetite e também pode aumentar a motivação, incluindo a vontade de comer.
Nesses casos o organismo busca alimentos ricos em gordura e açúcar que realmente parecem ser alimentos de “conforto”, pois reduzem o estresse no momento imediato, contribuindo para o desejo induzido pelo estresse por esses alimentos. Mas, em longo prazo, esses alimentos relacionados ao estresse podem levar ao ganho de peso. Pessoas muito estressadas também dormem menos, se exercitam menos e bebem mais álcool, o que também pode contribuir para o ganho de peso.
Muitas evidências cientificas mostram que o estresse crônico prejudica a saúde física, elevando a pressão sanguínea e prejudicando o coração. Desempenha um papel no diabetes, na asma e nos distúrbios gastrointestinais. Altos níveis de estresse podem até acelerar o processo de envelhecimento.
Uma conduta nutricional mais saudável se baseia na conexão entre comida e o humor – especificamente como sua dieta afeta diretamente os bilhões de bactérias que vivem no nosso intestino, mais conhecido como microbioma intestinal.
O microbioma intestinal protege o revestimento dos intestinos, contra toxinas e bactérias “ruins”, atua na absorção de nutrientes dos alimentos pelo seu corpo, limita a inflamação e ativa as vias neurais que circulam entre o eixo intestino e o cérebro.
Dicas para melhorar sua saúde intestinal e gerenciar seu stress:
• Inclua na sua dieta alimentos integrais e evite alimentos embalados ou altamente processados;
• Prefira frutas in natura ao invés de suco (as frutas são fonte de fibras enquanto os sucos tem um alto teor de frutose;
• Inclua grãos integrais e leguminosas ricos em fibras em sua dieta;
• Inclua alimentos ricos em probióticos, como iogurte natural sem adição de açúcares e alimentos fermentados, como kefir (sem açúcar);
• Reduza o consumo de carne vermelha e prefira os frutos do mar e aves magras;
• Adicione uma variedade de frutas e vegetais frescos coloridos à sua dieta de preferência orgânicos.
• Beba a quantidade ideal de água que seu corpo precisa durante o dia (para saber multiplique 35ml x seu peso);
• Pratique atividade física;
• Durma cedo (se desligue dos eletrônicos no mínimo 1 hora antes de dormir)
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Por Ariana Pontes – CRN10 7497 – @arianapontes.nutri