CPI da ponte Hercílio Luz ouve Wilfredo Brillinger e convoca Raimundo Colombo

wilfredo fala ao microfone sentado em uma bancada com pessoas atrás
Wilfredo Brillinger, dono da Prosul, empresa responsável pela fiscalização da obra de recuperação da ponte - Solon Soares/Agência AL

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que apura possíveis irregularidades nas obras de restauração da ponte Hercílio Luz vai convidar o ex-governador Raimundo Colombo para prestar depoimento na próxima terça-feira, 29 de outubro, às 17 horas. O requerimento do relator da CPI, deputado Bruno Souza (sem partido), foi aprovado por unanimidade na sessão desta quarta-feira (23/10).

Segundo o relator, a ideia é que Colombo ajude a comissão a esclarecer pontos e tirar dúvidas, uma vez que vários depoentes garantiram que o então governador acompanhava de perto os detalhes da obra.

Depoimentos da Prosul

Além de aprovar o requerimento, a CPI tomou dois depoimentos de engenheiros do consórcio responsável pela fiscalização dos trabalhos. Wilfredo Brillinger e Celso de Magalhães Carvalho são da Prosul, empresa que fiscalizou a obra junto com a Concremat.

Publicidade

Questionado sobre o descumprimento do edital em registrar o consórcio na junta comercial do estado, Brillinger disse não lembrar porquê não foi feito o procedimento. O presidente da Prosul também afirmou que depois que ganha as licitações não se envolve mais na parte operacional. A Prosul tem em seu currículo a participação em obras de grande porte, como a duplicação da BR 101 no sul de Santa Catarina.

Sobre os registros dos profissionais envolvidos, responsáveis e substituídos na obra, Brillinger diz que a empresa não tem esses documentos. “Depois de cinco anos a gente incinera todos os documentos, porque é coisa que não interessa mais”.

Os dois representantes da empresa garantiram que periodicamente era avisado ao governo do estado sobre os problemas de atraso no cronograma da obra pelo consórcio responsável pela restauração, Florianópolis Monumento, composto pelas empresas CSA e Espaço Aberto. “Alertamos o tempo todo do risco de não ser concluída”, afirmou Brillinger.

Segundo Carvalho, os alertas sobre o atraso em 2012 eram mensais. “Em 2013, esses avisos passaram a ser semanais, tanto em correspondência ao governo quanto no diário de obra”, revelou. De acordo com ele, em 2014 – ano em que o contrato com a Florianópolis Monumento foi rescindido – o governador da época, Raimundo Colombo, convocava reuniões mensais para avaliar a obra.

Publicidade
COMPARTILHAR