Crescem os focos de Aedes aegypti nas 94 cidades catarinenses infestadas

    Novo boletim epidemiológico da Dive mostra que aumentou em 388 os focos do mosquito Aedes aegypti no estado

    mapa cidades catarinenses infestadas pelo aedes aegypti
    Mapa dos focos de Aedes Aegypti em Santa Catarina mostra 94 cidades infestadas e outras 88 com focos do mosquito - Dive/Divulgação/CSC

    Um novo boletim da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) de 21 de setembro, mas divulgado somente nesta sexta-feira (27/9), mostra que em duas semanas cresceram os focos do mosquito Aedes aegypti no estado. Também permanece o número de 94 cidades catarinenses infestadas.

    Entre 30 de dezembro de 2018 ea 21 de setembro de 2019 foram identificados 23.160 focos do mosquito Aedes aegypti em 182 municípios. O último boletim epidemiológico, de 7 de setembro, mostrava que eram 22.772 focos ao longo do ano. Comparando ao mesmo período de 2018, quando foram identificados 12.584 focos em 154 municípios, houve um aumento de 84% no número de focos detectados.

    A maior área com infestação é no Oeste do estado, mas as regiões da Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e Joinville, os centros urbanos de Santa Catarina, também são áreas infestadas.

    cidades catarinense infestadas pelo aedes aegypti
    As 94 cidades catarinenses consideradas infestadas até 21/9 – Dive/Divulgação/CSC
    Casos de dengue
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    Entre 7 e de 21 de setembro a Dive registrou mais 112 casos de dengue no estado, com 16 confirmações. No ano são 1.821 casos confirmados. No mesmo período de 2018 foram apenas 56 casos confirmados.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. Isso ocorre, por exemplo, na região de Itapema, Camboriú e Porto Belo.

    Zika e chikungunya

    Houve a confirmação de um caso de febre de chikungunya entre 7 e 21/9. São 33 casos confirmados no ano, a maioria (32) importados, com transmissão fora do estado.

    Já o zika vírus em Santa Catarina não teve nenhum caso confirmado, apesar de 153 notificações. A maioria foi descartada como Zika e oito permanecem suspeitos.

    Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti

    Ininterruptamente os órgãos de saúde, estaduais e municipais, divulgam as orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti no estado:

    – Evitar usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
    – Guardar garrafas com o gargalo virado para baixo;
    – Manter lixeiras tampadas;
    – Deixar os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
    – Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
    – Tratar a água da piscina com cloro e limpar uma vez por semana;
    – Manter ralos fechados e desentupidos;
    – Lavar com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
    – Retirar a água acumulada em lajes;
    – Dar descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
    – Manter fechada a tampa do vaso sanitário;
    – Evitar acumular entulho, porque também pode se tornar local de foco do mosquito;
    – Denunciar a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
    – Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

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