Crise alvinegra, seleção sem rumo e o Avaí na briga

TJ aceita recuperação judicial do Figueirense, decisão inédita para clubes de futebol
Foto: Patrick Floriani/FFC
Muita desumanidade

Nem o mais pessimista torcedor alvinegro poderia imaginar um início de temporada tão catastrófico como este. O que esse time do Figueirense está fazendo com sua torcida é uma sacanagem — é uma decepção atrás da outra. O roteiro de apavoramento está virando realidade para um clube que tem uma grande história no futebol catarinense. Com três derrotas seguidas, recordes negativos, viradas sofridas, muitos gols tomados e alguns rebaixamentos recentes, o atual time do Figueirense segue magoando seus torcedores com muita desumanidade.

Fim dos tempos

O futebol brasileiro está de cabeça para baixo. Vejam só a situação da seleção mais vitoriosa da história do futebol mundial. A CBF tem um presidente — um tal de Ednaldo Rodrigues —, o dirigente mais sem carisma da história do nosso futebol, e nossa gloriosa seleção está sem comandante. Sinceramente, eu não gostaria de ver um desses forasteiros no comando. O italiano Carlo Ancelotti é o sonho da CBF; Jorge Jesus teve seu nome barrado por Neymar Pai. Se é para contratar o melhor, que tragam o arrogante Abel Ferreira. Pelo menos ele está aqui, conhece o nosso futebol e pode montar uma boa seleção. É, meus queridos amigos, isso é o fim dos tempos.

Boa pontuação na tabela

O Avaí foi até a encantadora cidade de Goiânia e, em uma noite prazerosa, reencontrou o técnico Jair Ventura com seu ex-time, o Goiás, que venceu o Leão por 2 a 1. O Avaí, além de sentir pela primeira vez nesta Série B o gosto amargo da derrota, também perdeu a liderança. O time da Ressacada até começou bem a partida, abrindo o placar com J.P., mas o time esmeraldino foi preciso nas jogadas, fez dois belos gols e virou o jogo. Ainda bem que o Avaí mantém uma boa pontuação na tabela.

Protestar mais uma vez
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Na última segunda-feira (05), o Caxias pisou no belo gramado do Orlando Scarpelli pela primeira vez desde aquela tenebrosa partida de 2001, quando o time da Serra Gaúcha perdia para o Alvinegro, houve invasão de campo e Loebeling, o juiz da partida, alterou a súmula sob pressão. No jogo mais recente, em que o Figueirense perdeu por 3 a 2, o time desperdiçou várias chances de gol, defendeu mal e tomou dois gols ainda no primeiro tempo. Restou ao torcedor alvinegro protestar — mais uma vez — ao fim da partida.

Bastidores e lembranças

Ricardo Setyon é um daqueles jornalistas que podemos chamar de preciosidade. Além de jornalista, é psicólogo, poliglota, professor de gestão esportiva e trabalhou na FIFA por quinze anos. Com esse vasto currículo, foi chefe da delegação da Seleção Brasileira e teve acesso total à concentração na Copa do Mundo de 1998. Em entrevista a um canal no YouTube, contou detalhes daquela decisão, das convulsões sérias de Ronaldo Nazário, da pressão para que Zagallo não deixasse de escalar o melhor do mundo, e do envolvimento de empresários, da Nike e da própria CBF. Todos pensavam que o Fenômeno poderia morrer na concentração.

Bem me quer… mal me quer
  • Jair Ventura, que hoje comanda o Avaí, foi abraçado pelos jogadores do Goiás antes da bola rolar. Já uma parte da torcida esmeraldina preferiu vaiar e xingar o treinador durante o jogo na Serrinha.
  • Quem não se lembra do grande craque Flávio Roberto, que defendeu Avaí, Grêmio e Figueirense. Atualmente com 65 anos, esse meu bom amigo está sofrendo de uma doença degenerativa chamada demência frontotemporal, que afeta seu raciocínio. Força, Flavinho.
  • Wilson, pelo Figueirense, e Marquinhos Santos, pelo Avaí, fazem o mesmo sentido. O ídolo alvinegro, em conversa informal num restaurante de Floripa, deu explicações sobre sua saída do clube — explicações que deixaram os torcedores apavorados.
  • Sem querer ser repetitivo, mas é triste ver um dos maiores clubes do futebol catarinense nesse estado lamentável. O time parece estar entrando em colapso dentro e fora das quatro linhas. O Figueira é o lanterna da Série C, trocou de treinador e vive um momento preocupante.
Este colunista sendo muito bem recepcionado pelo timaço do Boteco do Toninho, com Tainá, Poliana e Everson. Foto: Divulgação
Cartão rosa/vermelho

Cartão rosa para ti, minha guerreira invencível. Para ti, lutadora incansável, que carrega um coração tão grande num corpo tão pequeno. Obrigado por cada sacrifício, cada sorriso, cada abraço, minha mãe. Feliz Dia das Mães para todas vocês que são mães de verdade!

Cartão vermelho para quem está no comando do Figueirense, maculando uma história de glórias e conquistas. Já mandaram embora o CEO e o treinador, Wilson jogou a toalha, o novo técnico nem teve o nome publicado no BID da CBF, o time tomou três gols do Caxias e a torcida não aguenta mais tanto vexame. Daqui pra frente, é só aguardar o “Dia D”. A coisa tá feia, a coisa tá preta.

Pensamento do Bambi

O ponta-esquerda é o seguinte: tem dois tipos de ponta-esquerda. Tem o malandro que explora o trouxa, e tem os trouxas que defendem o malandro. E tenho dito.

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