Por Ana Ritti
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou na última semana os dados da pesquisa nacional da cesta básica em relação ao mês de outubro. O levantamento é realizado em 17 capitais brasileiras, incluindo Florianópolis, que aparece com a terceira cesta básica mais cara. O valor é mais alto que o da pesquisa do mês anterior, ainda assim a capital não tem mais a cesta mais cara, como em setembro. Estima-se que o trabalhador que recebe um salário mínimo gasta mais da metade em alimentos básicos.
Em setembro, a cesta básica em Florianópolis custava R$ 582,40, a cesta mais cara entre as capitais pesquisadas, com uma variação mensal de 9,80%. Em outubro, o valor subiu para R$ 584,76, mas fica atrás de São Paulo, com R$ 595,87, e Rio de Janeiro, com R$ 592,25. Segundo o levantamento, quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido (após descontos), o trabalhador que recebe o piso em Florianópolis compromete 60,50% do salário com alimentos básicos. O cálculo é feito sobre a quantidade necessária para um adulto se alimentar durante um mês.
Os dados indicam os preços do conjunto de alimentos básicos necessários para as refeições de uma pessoa adulta. Em outubro, a tendência foi de crescimento nos valores em todas as capitais, a exceção de Salvador e Curitiba. Em relação ao preço da carne bovina de primeira, Florianópolis foi a única cidade a registrar queda, com -10,84%.
Custo de vida
O relatório mensal de custo de vida em Florianópolis realizado pela Udesc que mostra a variação dos preços sobre o orçamento das famílias da capital, mostra que o custo de alimentação e bebidas subiu 1,05% em outubro. Além disso, o estudo aponta que alimentação é o principal gasto das famílias, representando 20,92%, seguido de transporte, com 19,13%, e habitação, com 13,41%.