Custo de vida na Capital volta a ter deflação

estande de legumes em supermercado com tomates de diversos tamanhos e outros legumes

Depois de uma aceleração em maio e junho (quando teve a maior alta em sete anos), os preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias em Florianópolis tiveram deflação em julho (-0,35%). A redução nos preços foi puxada pelos alimentos in natura (-11,6%), invertendo uma tendência de alta verificada desde o início do ano para esses produtos.

Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O índice leva em conta o consumo de famílias com renda de 1 a 20 salários mínimos, comparando os preços de 319 itens.

Os preços dos alimentos in natura acumulavam uma alta de quase 18% no primeiro semestre do ano. Mesmo com a forte queda em julho, ainda resta um aumento acumulado de 4,2% em 2018. As maiores quedas de preço desses produtos em julho foram as da cebola de cabeça (-34,6%), tomate (-25,6%), batata inglesa (-23%), cenoura (-22,5%) e couve-flor (-21,2%).

Outros preços
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A forte baixa dos preços dos alimentos in natura foi suficiente para levar a uma queda geral nos preços do grupo alimentação (-0,70%). A redução mais que compensou os aumentos registrados entre os alimentos industrializados (1,32%), de elaboração primária (0,44%) e na alimentação fora do domicílio (0,53%).

A queda média do grupo alimentação, no entanto, esconde a alta em julho de produtos importantes e que já vinham subindo ao longo do primeiro semestre, como o leite (2,94%) e a farinha de trigo (6,22%).

Além da alimentação, houve queda também nos preços dos serviços públicos e de utilidade pública (-0,15%). Já os serviços privados tiveram alta de 0,20%.

Os produtos não alimentares tiveram uma alta significativa (0,97%). Os combustíveis, que tiveram uma redução de quase 2% no mês anterior, voltaram a subir em julho (1,35%).

Com a queda em julho, o índice de custo de vida de Florianópolis acumulado nos últimos 12 meses ficou em 4,25%. No mês anterior, esse índice acumulado chegou a ultrapassar o centro da meta de 4,5% estabelecido pelo Banco Central para a inflação oficial nacional. Em 2018, a alta acumulada do ICV é de 3,11%.

Cesta básica

Nesta terça-feira (7/8), o Dieese divulgou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) das capitais brasileiras. Segundo a publicação, Florianópolis tem a 4ª básica mais cara dentre as cidades, com um valor médio de R$ 415,27.

A capital catarinense, porém, foi a única que nos primeiros sete meses de 2018 apresentou taxa acumulada negativa (-0,80%), As demais mostraram aumento acumulado.

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