Na tarde desta terça-feira (20/2), os dados referentes à situação epidemiológica da dengue em Santa Catarina foram atualizados, indicando aceleração nas infecções e aumento da curva de casos: já foram registrados 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios catarinenses nesse ano. O salto de casos é de 4,6 mil em apenas 5 dias.
Noite desta terça-feira (20) o governo do Estado confirmou que será declarada situação de emergência por causa da epidemia.
Os números representam um aumento de 650% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, o relatório confirmou oito óbitos relacionados à doença, a maior parte no nordeste catarinense. Desde 1º de janeiro, 113 pessoas morreram em todo o país em decorrência de infecção por dengue.
A incidência acumulada (casos por 100 mil/hab) em 2024 nas regiões de saúde é de: Nordeste (1076,71) Foz do Rio Itajaí (392,93), Médio Vale do Itajaí (287,03), Grande Florianópolis (262,24). No Brasil, os estados com maiores incidências são o DF (2.814,5), seguido por Minas Gerais (1.061,7), Acre (644,7), Paraná (611,6).
O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, continua sendo uma ameaça significativa em Santa Catarina. Foram identificados 12.885 focos do mosquito em 215 municípios, dos quais 155 estão considerados infestados.
A proliferação do vetor aumenta o risco de transmissão da doença, tornando essencial uma abordagem abrangente para combater a disseminação do vírus, conforme recomendações dos órgãos públicos para tentar frear a infestação.
O Ministério da Saúde destaca a importância de medidas preventivas simples que podem ser incorporadas à rotina diária. Recomenda-se limpar a caixa d’água regularmente, armazenar pneus em locais cobertos, receber os agentes de saúde para inspeções periódicas, limpar as calhas, amarrar bem sacos de lixo, evitar o acúmulo de sucata e entulho, colocar areia nos vasos de plantas e esvaziar garrafas pet e outros recipientes que possam acumular água.
Sintomas
“Ao apresentar febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele é importante procurar por um serviço de saúde para receber informações para tratamento”, salienta João Augusto Brancher Fuck, diretor de vigilância epidemiológica de SC.