Dive registra terceira morte de macaco por febre amarela no Estado

    Caso ocorreu em área de Indaial e indica que o vírus circula na região

    mosquito febre amarela morte de macaco - foto fiocruz
    Macacos não são transmissores, e sim vítimas da febre amarela e indicadores que vírus circula na região, transmitido de fato por mosquitos - Foto: Genilton José Vieira/Fiocruz/Divulgação

    A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) confirmou nesta sexta (5/7) o registro da terceira morte de macaco por febre amarela no Estado. O animal morreu em Indaial em 31 de maio.

    Os macacos não transmitem a febre amarela, são vítimas e indicam a sinalização do vírus na região. “Ao encontrar um macaco doente ou morto, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser comunicada imediatamente”, afirma Renata Gatti, bióloga da Dive.

    Conforme orientação do programa de vigilância da febre amarela, será aberto um raio de 300 metros a partir do local onde ocorreu o óbito para busca ativa de pessoas não vacinadas contra a doença e outras evidências de morte de macacos no entorno.

    Febre amarela e vacinação
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    A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas de matas e urbana. A única forma de se proteger é através da vacinação. A Dive orienta que todos os moradores de Santa Catarina com mais de 9 meses de idade e que ainda não foram vacinados devem procurar uma unidade de saúde para se imunizar contra a doença. Uma dose é suficiente para proteger por toda a vida. No Estado, até o momento, a cobertura vacinal está em 74%, em Indaial está em 55,75%. O ideal é vacinar, ao menos, 95% da população dentro do público-alvo.

    Santa Catarina se tornou Área com Recomendação de Vacinação contra a febre amarela (ACRV) no segundo semestre de 2018. O município de Indaial estava no cronograma de ampliação do mês de outubro do ano passado. Em 28 de março de 2019, Santa Catarina confirmou o primeiro caso de febre amarela autóctone (contraída dentro do Estado) em humano, com morte. O paciente era um homem, de 36 anos, que não se vacinou. Ele morava em Joinville, no Norte do Estado.

    No começo de abril, a Dive também confirmou a primeira morte de macaco por febre amarela no Estado. O macaco da espécie bugio foi encontrado morto em 20 de março em uma área de mata no município de Garuva, no Norte do Estado. Já o registro do segundo macaco morto pela doença aconteceu em junho, em Pirabeiraba, em Joinville.

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