Diversas causas são apontadas para floração de microalgas na Grande Florianópolis

    Algas mataram cardumes, provocando mau cheiro na região nos últimos dias

    Mancha no mar da orla sul de São José pode ser excesso de microalgas
    Mancha no mar da orla sul de São José mostra o excesso de microalgas da espécie Karenia – Foto: IMA/Divulgação/CSC

    Uma nota técnica conjunta foi emitida nesta sexta-feira (8/3) pelo IMA, secretarias de pesca, Cidasc e pelo IFSC, alertando a população para evitar o contato e o consumo de pescados na região de Florianópolis e São José, onde foram detectadas floração de microalgas e mortandade de peixes a partir em 5 de março. As orlas afetadas envolvem todos os bairros entre Ponta de Baixo e Serraria, em São José, e os bairros continentais de Florianópolis, entre o Abraão e o Jardim Atlântico.

    Os resultados das análises indicam a proliferação massiva de uma microalga marinha do gênero Karenia, conhecida por provocar mortandade de peixes em diversas partes do mundo. As microalgas, encontradas em concentrações elevadas, foram responsáveis por dizimar cardumes nas baías da Grande Florianópolis, causando um mau cheiro que afetou a região ao longo da semana.

    Por isso, os órgãos envolvidos na análise recomendam a suspensão total do consumo de peixes provenientes dessa área. Segundo os técnicos, as florações de microalgas são fenômenos naturais que ocorrem globalmente, sendo a maioria inofensiva. No entanto, algumas espécies, como a Karenia spp., podem causar impactos negativos na fauna e/ou no ser humano.

    Órgãos ambientais investigam mau cheiro e mortandade de peixes em São José
    Orla da Beira-mar, Centro Histórico e Ponta de Baixo, em São José, além de bairros continentais de Florianópolis, tiveram registro de cardumes mortos e, consequentemente, de mau cheiro – Fotos: IMA/Divulgação/CSC

    Diversas causas

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    Não há um único fator responsável, segundo a nota. Diversos aspectos contribuem para a ocorrência de uma floração, incluindo mudanças em correntes marítimas e ondas, variações climáticas, interações biológicas e poluição.

    A indicação principal, porém, é que a floração observada nas baías de São José e Florianópolis foi provocada por algum fenômeno oceanográfico e/ou climático. As instituições envolvidas na nota técnica ainda estão coletando e analisando dados para determinar as condições que provocaram esse evento.

    Por ora, a recomendação é evitar banho ou contato direto com as manchas no mar, bem como suspender o consumo de pescados dessa região, incluindo peixes, moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras, berbigões) e crustáceos (camarões, siris), até o encerramento do evento de floração, que deve ocorrer naturalmente em alguns dias. Em caso de sintomas após o consumo de pescados da região, é aconselhável procurar atendimento em unidade de saúde próxima.

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