Durante toda esta segunda-feira (16/3) as equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina trabalharam para a extinção do principal foco remanescente de incêndio no Rio Vermelho, já no sexto dia de combate.
Este foco, um dos principais e que estava no lado entre a praia e o camping do Rio Vermelho, foi extinto no final da tarde. Durante o dia foram feitos aceiros – técnica de combate realizada com maquinário, para que o fogo não se alastre, além do combate com água e abafadores.
No total foram 43 pessoas trabalhando, em sua maioria bombeiros, com suporte da Polícia Militar Ambiental, Instituto do Meio Ambiente e Comcap. Foram utilizadas duas retroescavadeiras grandes, uma da Comcap e outra do IMA, além da mini retroescavadeira do 1º Batalhão de Bombeiros Militar, que conseguiu chegar a locais de maior dificuldade.
Desde domingo (15), participam duas equipes de Forças-Tarefa: a 01, de Florianópolis e a 13, de Balneário Camboriú, que são as equipes do CBM acionadas para casos extremos. Também foi utilizado o drone para encontrar os pontos de maior fumaça.
Neste momento chove fraco na região, o que já auxilia no resfriamento do solo, porém, segundo o CBM, é necessário que aumente a intensidade das chuvas, para a extinção completa. As equipes do 1º Batalhão de Bombeiros Militar, de Florianópolis, seguem no local monitorando o Parque Estadual do Rio Vermelho.
Incêndio “sem fogo”
A área incendiada, que nos seis dias alcança cerca de 240 hectares do norte da Ilha de Florianópolis, é coberta pela turfa, um material orgânico em decomposição que fica no chão da mata, e que quando incendiado, queima abaixo da superfície e expele grande quantidade de fumaça e apresenta poucas chamas – praticamente um incêndio “sem fogo”. A presença dos pinus é também um fator agravante, ainda mais em períodos de seca.
Nesses dias de combate ao incêndio, moradores de diversos bairros de Florianópolis relataram sentir o cheiro de fumaça, em alguns casos distante até 15km do parque.