Foi entregue neste domingo (4/9) à cidade de São José o novo Parque Beira-mar e revitalização Servidão Filomena Maria Fernandes, feita pela empresa Woa, da família Koerich.
O processo de revitalização do local ocorreu a partir de abertura de inquérito no Ministério Público sobre um galpão de cancha de bocha, que ocupava irregularmente o local. O prédio foi demolido e posteriormente a empresa apresentou a intenção de investir na área, doando para a cidade a região revitalizada. A revitalização foi acompanhada pelo MPSC.
O anúncio do Parque Beira-mar de São José foi feito durante as comemorações de aniversário da cidade nesse ano, quando a empresa anunciou o projeto, ligando a Av. Presidente Kenney pela servidão Filomena ao novo parque da Beira-mar de São José, incluindo a instalação de um semáforo para pedestres – anteriormente uma travessia difícil.
Em cerimônia sobre o projeto no auditório do edifício K-Plantz, o empresário Walter Koerich falou sobre todo o processo e ainda entregou à prefeitura mais um pré-projeto de revitalização de toda a orla da Beira-mar de São José, feito com o mesmo escritório, do paisagista Jordi Castan, para manter o padrão de urbanismo. Em entrevista ao Correio, o prefeito de São José, também falou sobre as melhorias da avenida e a possibilidade de engordamento da praia da baía de São José.
Agora, a área revitalizada, de cerca de 25 mil metros quatros, tem novo parquinho para crianças, nova pintura da pista de skate e patins, escolinha de trânsito, espaço pet, passeios, plantio de 180 árvores nativas e novas canchas de bocha, abertas a toda a população, além de uma revitalização geral. Adicionalmente a prefeitura nesse período também fez a recuperação do asfalto da Av. Beira-mar e removeu as grades do entorno do estacionamento do Centro Multiuso, ampliando a área livre de circulação. O local recebeu um show da Camerata Florianópolis na tarde desse domingo, com grande presença de público, para marcar a entrega dos equipamentos renovados aos josefenses.
Entrevista: Walter Koerich, da empresa WOA
Correio SC – Com essa entrega, essa revitalização de parte da orla da Beira-mar, qual o recado para a cidade e como a empresa enxerga o potencial de São José?
Waltinho Koerich – A família tem muito ainda a dar de gratidão para o município de São José. Foi aqui que nós nascemos. Nossa empresa foi fundada em 1955 no município de São José. E o que nós estamos fazendo agora seria um pouco do nosso resgate, aquilo que nos originou. Então é basicamente gratidão a todos os munícipes de São José. E eu acredito que essa nova conexão foi feita entre o bairro Campinas, o bairro Kobrasol com a Avenida Beira-mar de São José, e porque não com o mar, isso melhora bastante autoestima daqueles que moram aqui no entorno. A questão de percepção de segurança também é substancialmente elevada com a toda a iluminação.
Correio – Além do ganho de urbanização para quem mora aqui, como a empresa enxerga a questão do potencial turístico em São José?
Waltinho Koerich – É um potencial muito grande, tanto é que no ano passado nós abrimos aqui em São José o K-Platz Hotel. E o que vem a contribuir e muito também com a questão do turismo do município. Mas acreditamos nesse hub, nessa distribuição que São José pode ser. Porque a gente já hoje nosso hotel a gente já consegue detectar pessoas que vão para o Beto Carreiro, pessoas que vão para outros municípios também, como Palhoça, que são vizinhas aqui, Garopaba, que se hospedam e fazem deste endereço um endereço de distribuição. Então a gente é muito feliz de São José, não só pela sua riqueza cultural, não só por aquilo que ela oferece, mas também pela posição estratégica que ela tem.
Prefeito Orvino
Correio SC – Após essa entrega, junto com o novo asfalto da Beira-mar, e o planejamento de quadras na areia, qual o recado para a cidade e novos planos para a Beira-mar?
Orvino – Isso representa uma mudança na utilização dela. Esperamos que a comunidade nos ajude a cuidar. Nós temos a maior área de lazer, talvez que tenha no estado, a gente precisa ordenar, preciso organizar. Tiramos lá na curva mais de 150 caminhões de lixo de uma vegetação que nunca foi nativa, que é exótico. São 15.000 m de área, então a gente tem condição de utilizar ela muito bem. Essa é a primeira parte. Que o josefenses sinta que a que o Parque Beira Mar é de todos nós.
Correio – E qual a ideia para as quadras? Há perspectiva de quando podem estar prontas?
Orvino – Eu pedi para fazer um projeto primeiro para a gente saber se tem que fazer um projeto que um engordamento de areia, talvez, e um projeto para a gente saber o que que pode ser feito. De qualquer maneira, o que nós já fizemos ali, ele está muito melhor do que estava. Estava tendo dificuldades até para passar no calçadão daquele tamanho.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br