Na quinta-feira (7/10) o Congresso remanejou mais de R$ 600 milhões do orçamento federal, que seriam utilizados para o financiamento de pesquisas em todo o país, e destinou recursos para aplicações em outros sete ministérios. O corte na ciência, na ordem de 87% do que era previsto, rendeu críticas públicas até do próprio ministro de Ciência, Marcos Pontes.
“Falta de consideração. Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos. Ainda mais quando são feitos sem ouvir a Comunidade. Científica e Setor Produtivo. Isso precisa ser corrigido urgentemente“, escreveu Pontes no Twitter.
O cenário é oposto em Santa Catarina. No ano passado, através de sua principal veia de investimento direto em ciência, a Fapesc, o estado investiu R$ 40.528.400,00 nas três áreas de desenvolvimento (pesquisa, tecnologia e inovação). Já nesse ano o investimento dobrou, chegando a R$ 80.662,917,30. Além da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), dentro do governo estadual a Udesc e a Epagri também desenvolvem pesquisa e inovação.
Na fundação são destinados via editais de chamadas públicas em que pesquisadores e empreendedores podem participar da seleção. Só em 2021, até agora, foram lançados 42 editais. Segundo a Fapesc, todos os editais impactam na vida das pessoas no incentivo ao empreendedorismo inovador, com a abertura de empresas e geração de empregos. Um exemplo é o programa de apoio a curso de formação de desenvolvedores para Tecnologia de Informação (TI), que visa viabilizar a formação de 1.260 desenvolvedores de sistemas no Estado. A ideia é qualificar esses profissionais para garanti-los com empregos no ecossistema catarinense.
O orçamento estadual para o ano que vem ainda está em discussão na Alesc. De acordo com a proposta apresentada pelo governo, o investimento direto em pesquisa e inovação deve ficar na ordem de R$ 83,9 milhões.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br