O governo do estado se reuniu mais uma vez com nove prefeituras da Grande Florianópolis para discutir o convênio de integração do transporte coletivo entre as cidades.
Nesta quinta-feira (21/3), na Suderf (Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis), o secretário adjunto da Casa Civil, Matheus Hoffmann, esteve com procuradores e representantes dos municípios para discutir a minuta que deve viabilizar a transferência de competência das linhas intermunicipais para a responsabilidade da Suderf.
A minuta, apresentada há um mês pelo governador Carlos Moisés aos prefeitos, trata da licitação de um consórcio para a integração das linhas de ônibus. O texto é norteado pelo projeto desenvolvido pela própria Suderf em anos recentes, denominado Plamus.
Tanto o governador, quanto o secretário da Casa Civil, Douglas Borba, querem aproveitar todo esse trabalho do Plamus para implementá-lo de fato na região. De acordo com a Casa Civil a intenção é terminá-lo ainda neste ano.
No ano passado uma lei que tratava do tema havia sido enviada para a Alesc e depois retirada pelo governo, o que revoltou alguns chefes de executivos pela falta de diálogo e perspectivas de melhorias na mobilidade da região.
A abordagem de Moisés e Borba agora é outra: serão as próprias câmaras municipais que darão o aval para que a Suderf seja a responsável por licitar essas linhas em um transporte integrado. Como não é uma transferência de responsabilidade do Deter, não é mais necessário que seja uma lei aprovada na Alesc. Para isso, o governo espera contar com a colaboração dos poderes municipais para efetivar a licitação.
Na semana que vem, as nove prefeituras se reunirão na Granfpolis para discutir o texto da minuta e reenviá-lo ao governo, para então ser encaminhado a cada câmara municipal.
A integração do transporte coletivo
O projeto de integração do transporte coletivo da região metropolitana de Florianópolis, em linhas gerais, visa reduzir os tempos de trajeto e as tarifas. Também prevê a construção de dois grandes terminais de integração – um em Palhoça, outro em Biguaçu. Foi desenvolvido ao longo de quatro anos por técnicos da Suderf com o Observatório de Mobilidade da UFSC. O objetivo maior é a melhoria da mobilidade na Grande Florianópolis.
Ao Correio, a assessoria da Casa Civil afirmou que a conversa a respeito da utilização da terceira faixa da Via Expressa (em construção) ainda é preliminar. Como é uma rodovia federal, é necessário que o Dnit, órgão responsável, participe do debate.