As fortalezas de São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones passarão por obras de restauração e requalificação. As edificações e os entornos das fortalezas geridas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) receberão melhorias estruturais e também será elaborado um plano de negócios para as fortificações de Santo Antônio de Ratones e Anhatomirim, candidatas a patrimônio mundial.
A ordem de serviço, que marca a autorização para o início dos trabalhos, foi assinada na quarta-feira, 22 de janeiro, em cerimônia na Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte. Os projetos foram contratados e serão executados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
As obras são custeadas pelo Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, com investimento de cerca de R$ 12 milhões. Adicionalmente, o senador Espiridião Amin (PP/SC) destinou R$ 800 mil em emendas parlamentares à restauração das fortalezas.
A partir da assinatura, a empresa Biapó, contratada para a realização da obra, tem 15 dias para dar início ao trabalho, que tem duração prevista de dois anos. Durante todo o período, as fortalezas serão mantidas abertas para visitação.
Fortaleza de São José da Ponta Grossa
A Fortaleza de São José da Ponta Grossa foi construída a partir de 1740, como parte de um triângulo defensivo de proteção da Barra Norte da Ilha de Santa Catarina, sistema que contava ainda com as fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim e Santo Antônio de Ratones, todas projetadas pelo engenheiro militar português Brigadeiro José da Silva Paes. O conjunto defensivo da Ponta Grossa foi complementado pela Bateria de São Caetano (hoje em ruínas), construída a partir de 1765, para defender o flanco leste da fortaleza.
Fortaleza de Santo Antônio de Ratones
A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones foi construída e tombada nas mesmas datas de Ponta Grossa, e igualmente abandonada e em ruínas durante décadas. Após ações emergenciais de limpeza e conservação realizadas em 1962, 1983 e 1984, e após trabalhos pontuais de pesquisa arqueológica realizados entre 1989 e 1990, foi também efetivamente restaurada em 1990 e 1991, no âmbito do “Projeto Fortalezas”, passando, desde então, a ser também administrada pela UFSC.
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