Futebol catarinense continua patinando

Clássico polêmico

No dia 25 de Julho de 1999, eu entrava no gramado do Orlando Scarpelli para comandar o jogo mais importante da minha carreira. Era o tradicional e mais aguerrido clássico do futebol catarinense, entre Figueirense e Avaí. E lá se vão 25 anos de histórias deste grande confronto. O Figueirense venceu o segundo jogo no tempo normal, levou a decisão para a prorrogação e conquistou o título. O meu erro nesse jogo foi não olhar para o meu assistente Paulo Henrique Bezerra que levantou a bandeira num lance capital.

Meio nebuloso

Como se já bastasse a sua situação na tabela de classificação da série C e a crise financeira do clube, o Figueirense parece estar passando por período meio nebuloso. O que era para ser um dia de festa numa partida beneficente para arrecadação de alimentos não perecíveis para a Central Única das Favelas (Cufa), terminou com sérios prejuízos financeiros para o clube. Assim que terminou o jogo entre os MC’S, boa parte dos mais de sete mil torcedores invadiram o gramado, quebrando tudo no Scarpelli.

Torcendo o nariz

Querer falar que o time entrou em crise é querer aumentar as coisas. Mas, o Avaí que coloque as barbas de molho. E parece que o time está vivendo uma sina na segundona brasileira. Mais uma vez o Leão vencia o jogo e permitiu que o Botafogo-SP empatasse aos 52min do segundo tempo após um escanteio mal marcado pelo assistente. Por conta disso o Avaí foi para oito jogos seguidos sem vencer na competição. Já tem gente torcendo o nariz para o trabalho de Gilmar Dal Pozzo no comando do time.

Continuam patinando
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Desde que o presidente Delfim morreu, no fatídico acidente da Chapecoense, o futebol catarinense perdeu e muito a competividade. Com exceção do Criciúma, que disputa a elite do futebol brasileiro. Basta olhar as tabelas de classificações para relembrarmos da época em que éramos o zero da 101. Brusque e Chapecoense estão se esperneando para sair da maldita zona. O Avaí depois de brilhante arrancada está há oito jogos sem vencer e o Figueirense continua patinando.

Zona da degola

Este Brasileirão tá ficando com cara de que chove e não molha. O time milionário do Flamengo desta vez se recuperou sem precisar da ajuda do VAR e conquistou a liderança. O Botafogo, que no ano passado foi o famoso cavalo de bandido, caiu para a segunda colocação. O Fortaleza começa a colocar as manguinhas de fora e já é o terceiro colocado assim como o Cruzeiro, que começa a gostar do G-4. E lá embaixo, no potreiro, Vitória, Cuiabá, Fluminense e Atletico-GO fecham a zona da degola.

Bem me quer, mal me quer
  • O que está salvando o emprego de Gilmar Dal Pozzo no comando do time foi aquele bela arrancada com vitórias importantes. Caso aquilo não tivesse acontecido eu acredito que a diretoria do Leão já tinha mandado o treinador embora.
  • A situação da Chapecoense está ficando cada vez mais complicada e vai pegar uma pedreira daquelas na próxima segunda-feira. O Mirassol/SP venceu o Operário/PR, está no G-4 e segue invicto jogando em sua casa. Ainda bem que esse jogo será na Arena Condá.
  • O empate do Avaí em 1 a 1 com o Botafogo-SP aos 52min do 2º tempo foi como uma ducha gelada. O time teve uma atuação fraca, não jogou nada e fica cada vez mais distante da parte de cima da tabela.
  • O Criciúma, que está na 12ª posição na tabela, foi até Caxias do Sul, encarou o Juventude e conquistou uma bela vitória e chegou aos 21 pontos. O francês Bolasie fez dois gols na partida e foi o “cara” do jogo.
Cartão rosa/vermelho

Cartão rosa para a promessa da entrega das obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis. Eu ainda não estou acreditando, mas a Artéris Litoral Sul garante que obra já está concluída faltando pequenos detalhes e que irá inaugurar a rodovia no dia nove de agosto. Vamos esperar pra ver.

Cartão vermelho para a pífia campanha que vem fazendo os nossos atletas nas Olimpíadas de Paris. O Brasil vem apanhando em quase todas as competições até aqui. Alguns eliminados de forma vexatória. Levaram uma grande quantidade de atletas com pouca qualidade e esse negócio de falar que “o importante é competir”, é para os fracos.

Pensamento do Bambi

Quem nunca achou o palito “vale outro picolé” não sabe o que é felicidade.

[A opinião do colunista não reflete necessariamente a opinião do veículo].

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