Gaeco deflagra operação policial para prender quadrilha de roubos de carros

    MPSC lançou a Operação 60 Segundos para desarticular organização criminosa que furtava carros de luxo

    GAECO deflagra Operação
    Operação busca prender 26 ladrões de carros que atuavam em 11 cidades catarinenses - MPSC/Reprodução/CSC

    O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosa) deflagrou na manhã desta quarta-feira (13/7) a Operação 60 Segundos. Cerca de 360 policiais estão nas ruas de 11 cidades para prender 26 pessoas de uma organização criminosa que rouba carros de luxo no estado, incluindo um ladrão que tem o mesmo apelido do filme “60 segundos”, como um “Nicolas Cage catarinense”

    Além dos 26 mandados de prisão, o Gaeco cumpre 60 mandados de busca e apreensão nas cidades de Blumenau, Barra Velha, Penha, Ilhota, Balneário Camboriú, São José, Palhoça, Florianópolis, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas e Otacílio Costa.

    As prisões, buscas e apreensões acontecem nos endereços apontados na investigação aberta pela 10ª Promotoria de Justiça da Comarca de Blumenau. O objetivo é acabar com a qudrilha que comete furtos de automóveis de luxo, depois clonando os veículos para reinseri-los no mercado.

    Publicidade

    O nome da operação – 60 Segundos – é uma alusão ao apelido de um dos investigados da quadrilha. Ele é conhecido como “60 segundos”, porque, segundo o MPSC, consegue furtar um carro nesse tempo, inspirado em um lendário ladrão de carros da Califórnia. No filme homônimo à operação policial o ator Nicolas Cage interpreta o criminoso Randall “Memphis” Raines. Agora, o bandido catarinense similar ao personagem de Cage foi preso pelos policiais do Gaeco.

    Segundo a PRF a quadrilha atuava principalmente entre Itapema e Balneário Camboriú. Por serem cidades com grande presença de turistas, caminhonetes e SUVs de alto valor costumam estacionar nas ruas, e os criminosos em poucos minutos, abriam os veículos, desativavam os sistemas de segurança e conseguiam fugir. Em 2020, policiais militares e rodoviários federais perceberam a frequência do furto de caminhonetes de luxo. Há um ano, foram iniciadas as investigações que culminaram na operação 60 segundos.

    O destino dos automóveis era o desmonte ou a clonagem. As peças importadas, vendidas individualmente, rendiam altas somas para a organização criminosa e os clones eram vendidos como veículos legalizados em outros estados.

    Alguns dos investigados já foram presos e responderam anteriormente pela prática de crimes de furto e receptação de veículos. Desde o início da investigação, em outubro de 2021, foram identificados 142 furtos de caminhonetes de luxo que possivelmente teriam sido praticados pela organização criminosa investigada.

    Participam dessa operação mais de 360 agentes da Polícias Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal, com apoio da Polícia Científica de Santa Catarina.

    O coordenador do Gaeco em Blumenau, o promotor de justiça Carlos Eduardo Cunha, dá detalhes sobre a operação:

    Publicidade
    COMPARTILHAR