O governo do estado não quer mais esperar uma definição do município de Palhoça em participar ou não da rede de transporte coletivo integrado da Grande Florianópolis. Segundo a administração estadual, o sistema pode funcionar sem a participação de Palhoça.
Isso porque na Suderf (Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis) o plano era ter o aval de todos os municípios até o final do primeiro semestre, o que até agora só não possível. Para a rede funcionar sob o comando da superintendência, é necessário que cada cidade aprove um projeto de lei delegando a responsabilidade das linhas municipais ao governo de SC. O governo esperava que em dois meses as leis estivessem aprovadas.
São José, Águas Mornas, Biguaçu, Florianópolis, Antônio Carlos, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara já aprovaram os respectivos projetos de leis nas câmaras. Governador Celso Ramos não precisa porque não tem linhas municipais.
Em Palhoça, um projeto foi apresentado pela Suderf em setembro de 2018 na câmara. O atual, da gestão do governador Carlos Moisés, tem alterações, mas não suficientemente para dizer que é algo novo. Esse projeto está desde maio na câmara palhocense para regulamentação.
Nesta terça (5/11), o governo do estado deu um ultimato público: ou câmara e prefeitura se pronunciam até sexta-feira (8/10), ou a cidade que fique a ver navios, ou, no caso, ônibus.
Promessas da rede integrada de transporte
Segundo o governo, a Suderf ainda detalha qual será a formulação de linhas na região metropolitana. Uma das grandes promessas é ter linhas cruzando entre as cidades sem necessidade de ir ao centro da capital. Há também uma conversa inicial em se colocar ônibus elétricos e menos poluentes no sistema, sem preencher a frota.
O governo também divulga que todas as prefeituras poderão trabalhar em conjunto no planejamento do sistema de transporte, gestão, operação e fiscalização do serviço.