Novas medidas de isolamento social foram decretadas nessa segunda-feira (13/7) pelo governador, Carlos Moisés, para tentar frear a pandemia de coronavírus em Santa Catarina.
Estão proibidos, por 14 dias, eventos e competições esportivas organizados pela Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) ou pela iniciativa privada. A medida inclui o campeonato catarinense de futebol. Também estão suspensas pelo mesmo período as atividades de cinemas, teatros, casas noturnas, museus, assim como a realização de eventos, shows e outros espetáculos que acarretem reunião de público.
Com a subida de casos de coronavírus, Santa Catarina tem mais registros entre os estados do Sul e nessa segunda teve mais 20 mortes pela Covid-19, passando de 500 óbitos.
Achatar a curva
Segundo Moisés, que está com o coronavírus, a medida tem por objetivo achatar a curva de contágio nas regiões catarinenses, para evitar um colapso do sistema hospitalar. “Queremos garantir que todos tenham atendimento caso seja necessário. É nisso que o Governo do Estado vem trabalhando desde o começo desta pandemia. Infelizmente ainda não temos uma vacina ou uma receita para combater a doença. Nós já ampliamos a oferta de leitos de UTI em quase 70%, porém o sistema está tensionado em algumas regiões. Precisamos ampliar o isolamento social para passar por esse período”, diz o governador.
O secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, destacou que a medida irá ajudar a reduzir a circulação de pessoas e evitar aglomerações. Ele salienta que a taxa de ocupação dos leitos de UTI é preocupante no estado, o que justifica a decisão. Além disso, o secretário lembra que os prefeitos continuam com o poder decisório de tomar medidas mais restritivas caso considerem necessário.
“Quatorze dias é o tempo de maturação dessas medidas. A cada dia avaliaremos o impacto disso. Este decreto também faz parte deste compartilhamento de decisões com os prefeitos. Algumas regiões estão mais impactadas do que outras, mas, de uma forma geral, o Estado precisou fazer essa intervenção para trazer um regramento, mas mantemos o contato diário com os municípios para ver o que cada região pode fazer ainda mais”, destaca o secretário.