Nesta quarta-feira (1º/11) a Comcap, responsável pela limpeza urbana em Florianópolis, entrou em greve, reivindicando um novo acordo salarial, melhorias nas condições de aposentadoria e contra as terceirizações no setor. A paralisação, que afeta diretamente a coleta de lixo na cidade (à exceção do norte e do continente), teve início após um impasse nas negociações entre a empresa e seus funcionários.
Em resposta às demandas dos trabalhadores, a Prefeitura de Florianópolis divulgou qual é a sua proposta, na qual oferece um reajuste salarial entre 4% e 5%. Além disso, a administração municipal propôs um cronograma de reuniões com o sindicato dos funcionários para discutir outras cláusulas sociais e financeiras durante o mês de novembro.
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Segundo o comunicado oficial da Prefeitura, a paralisação da Comcap é motivada mais por razões políticas. A administração municipal lamenta que a greve tenha sido deflagrada antes de haver mais negociação. Por outro lado, o Sintrasem também relata que exige mesa de negociação para expor seus termos.
Diante da paralisação e às vésperas do feriado de Finados, a prefeitura está novamente tomando medidas emergenciais para mitigar os impactos na coleta de lixo na cidade, com a contratação de empresas terceirizadas para atuar nas regiões onde as equipes da Comcap fazem o serviço.
Nas regiões Norte e Continental de Florianópolis a coleta de lixo segue funcionando normalmente, uma vez que essas áreas são atendidas por terceirizadas.
Considerada ilegal
Durante a tarde desta quarta, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina determinou o restabelecimento integral de todos os serviços da Comcap sob pena de multa de R$ 100 mil por dia. De acordo com a decisão da desembargadora Denise Francoski, grevistas não podem chegar perto ou tumultuar os serviços públicos. A greve, segunda a justiça, é ilegal por não apresentar os requisitos mínimos para paralisação, como comunicação com antecedência e manutenção de atendimento mínimo.
