A Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina (SED) e a prefeitura de Florianópolis interditaram nesta segunda-feira (19/7) a EEB Júlio da Costa Neves, localizada no bairro Costeira do Pirajubaé, na capital. O prédio da escola apresenta problemas na estrutura e uma vistoria na última semana constatou solapamento (afundamento) no pátio interno e piso do entorno, assim como quedas no forro do auditório, demonstrando sinais de risco.
O espaço foi inaugurado em 2014, na Costeira em Florianópolis, e mesmo com a estrutura nova, a EEB Júlio da Costa Neves já apresentava problemas nos primeiros meses de funcionamento. Em fevereiro de 2015, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado (Sinte/SC) divulgou uma nota citando as rachaduras da nova escola. Já em 2018, estudantes protestaram por segurança na escola por conta das rachaduras e do piso que havia cedido. A escola passou por obras de reparo em 2016 e 2018, sendo interditada parcialmente.
O primeiro ano letivo da escola teve início em maio de 2014, com a transferência de alunos e professores da escola Professor Anísio Teixeira, também da Costeira e com problemas estruturais, interditada em 2019. Na época, a EEB Júlio da Costa Neves contava com 12 salas de aula e sete laboratórios. O investimento foi de cerca de R$ 7,18 milhões, parte do programa de ampliação da rede estadual de ensino médio do governo do estado da época.
Nova interdição
De acordo com a SED, o prédio da EEB Júlio da Costa Neves passa por uma interdição administrativa e um documento foi encaminhado à Defesa Civil solicitando uma vistoria técnica em caráter de urgência. Em nota, a pasta explica que “a suspensão das atividades administrativas no local ocorrem de forma preventiva, depois que os engenheiros da secretaria identificaram manifestações patológicas e uma piora nas condições do prédio na última semana”. As aulas para os cerca de 900 estudantes matriculados na unidade seguem de forma remota e não há funcionários trabalhando no local.
A secretaria tem a intenção de retomar as aulas presenciais para os alunos da escola a partir de 2022 e trabalha com duas possibilidades para a unidade. A primeira com a realização de obras de reforma no prédio, caso a perícia indique que a estrutura tem condição de atender a comunidade. Se a perícia indicar o contrário, a segunda alternativa considera disponibilizar uma escola modular aos estudantes.
A Defesa Civil de Florianópolis também realizou a interdição de áreas da EEB Júlio da Costa Neves, após vistoria na última sexta-feira (16) que constatou danos no pátio interno, auditório e área de contorno dos prédios. Em nota, a prefeitura diz que “o retorno das atividades coletivas fica condicionada ao bloqueio do pátio interno e sinalização dos locais no contorno dos prédios. Já o uso do auditório estará condicionado à retirada ou reparo do forro”.
Por Ana Ritti – redacao@correiosc.com.br