A inflação percebida pelos consumidores de Florianópolis foi de 10,54% ao longo do ano passado. É mais que o dobro do índice acumulado nos 12 meses de 2020 (5,02%). Os preços que mais subiram em 2021 foram os ligados aos transportes (23,5%), à habitação (12,5%) e a despesas pessoais (10,6%). Os índices são calculados pela Udesc.
Em dezembro, a inflação foi de 0,67%, menor em relação a novembro (0,83%) e ao padrão dos meses anteriores. Foi também a única medição mensal da inflação em 2021 que ficou abaixo do índice verificado no mesmo mês de 2020 (0,91%).
Inflação em 2021
O forte aumento dos preços ligados aos transportes se deve principalmente aos combustíveis para automóveis. Entre as opções na bomba, a que mais subiu em 2021 foi o etanol (55,7%), seguido pelo óleo diesel (49,9%) e pela gasolina (46,3%).
Nos itens relacionados à habitação, o encarecimento teve um forte impacto dos aumentos dos preços do gás de botijão (30,7%) e da energia elétrica (29,8%) – com sucessivos aumentos de bandeira tarifária por conta da crise hídrica.
Já no caso das despesas pessoais, os preços que mais subiram em 2021 foram os dos alimentos para animais (51,4%), dos pacotes turísticos (29,7%) e mensalidades de clubes de lazer (14,9%).
Também ficaram consideravelmente mais caros (ainda que abaixo da média da inflação anual) os alimentos (8,1%), os artigos de residência (9,5%) e as despesas com saúde e cuidados pessoais (7,2%) e com educação (8,1%).
Por outro lado, dois dos grupos pesquisados ficaram mais baratos, em média, ao longo de 2021: vestuário (-6,4%) e serviços de comunicação (-1,5%).
Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Udesc, através do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag).