Nessa semana duas atuações de poderes públicos versaram sobre a faixa de areia da Praia de Jurerê, na capital. De um lado o IMA concedeu à prefeitura de Florianópolis a licença ambiental para alagar a praia; de outro, a Justiça Federal atendeu pedido do MPF e determinou a retirada de quadras de beach tennis instaladas em área de restinga.
A ação ocorreu em resposta a uma denúncia da Associação de Proprietários e Moradores de Jurerê Internacional sobre ocupação em área de restinga. A sentença estabeleceu um prazo de 30 dias para cumprir as obrigações, com multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. A justiça federal em SC considerou que houve omissão de fiscalização.
Em outro contexto, o governador Jorginho Mello entregou na quarta-feira (27) uma Licença Ambiental de Instalação para um projeto de alargamento da Praia de Jurerê, com um investimento de cerca de R$ 25 milhões, dividido meio a meio entre prefeitura e governo do Estado. “Esse engordamento dá uma condição diferenciada à praia pra ser mais inclusiva, ser mais bonita. Então é a agilidade que o nosso instituto, o IMA, tem demonstrado em todas as licenças”, disse Jorginho.
O projeto visa ampliar a faixa de areia para aproximadamente 30 metros. A obra de transposição de areia de uma jazida no mar deve começar em outubro e durar 4 meses. O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, destacou a importância da parceria com o Estado para melhorar a famosa praia turística. “nós agora vamos restaurar toda aquela parte ali facilitando quem mora, facilitando o turismo, trazendo mais emprego e renda. Então a palavra hoje é de agradecimento ao Estado”, afirmou.
Os dois fatos – a retirada das quadras e o alargamento – não estão relacionados no momento, porém podem futuramente se cruzar, uma vez que o espaço maior na faixa de areia vai permitir que haja a instalação de quadras de esportes sem precisar usar área da restinga. Essa será a terceira praia recentemente alargada na capital, depois de Canasvieiras e Ingleses.