Mais de 4 mil incêndios florestais foram registrados em 2020 em Santa Catarina

    Queimadas atingem tanto áreas menores, quanto os parques estaduais, que sofrem constantemente com a destruição pelo fogo

    foto aérea da fumaça subindo da vegetação ao lado da lagoa
    Incêndio nessa quinta (4) no Parque do Rio Vermelho, norte da ilha, foi uma das mais de 4 mil ocorrências de queimadas em vegetação em Santa Catarina em 2020 - CBM-SC/Divulgação/CSC

    Nessa sexta-feira (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, Santa Catarina tem um dado a lamentar: são mais de 4 mil incêndios florestais registrados nesse ano. Com o período de estiagem, pequenas queimadas têm se convertido em incêndios de médias e grandes proporções, gerando movimentação de equipes, recursos e muito uso de água em uma época de escassez.

    O incêndio que atingiu o Parque Estadual do Rio Vermelho nessa quinta-feira (4/6), em Florianópolis, não foi isolado. Os bombeiros, policiais ambientais e equipes do IMA têm trabalho nas últimas semanas no local em pequenas queimadas. A maior dos últimos meses foi em março, quando o incêndio na turfa levou uma semana para ser apagado e deixou boa parte da ilha com cheiro de fumaça. Segundo o IMA, de janeiro a abril 163 hectares do parque, no norte da ilha, foram destruídos pelo fogo.

    Ainda na Grande Florianópolis, somente em 2020, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro enfrentou quatro incêndios que destruíram 40 hectares de vegetação, incluindo o que devastou 11 hectares no ponto mais alto da unidade, o topo do morro do Cambirela.

    Publicidade

    Segundo o Corpo de Bombeiros, de 1º de janeiro de 2020 a 31 de maio de 2020 foram 3.931 incêndios em vegetação em Santa Catarina, número quatro vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em junho o registro de ocorrências já ultrapassou a casa de 4 milhares.

    Queimadas atingem parques

    Em 2019, nas unidades de conservação que administra, o IMA (Instituto do Meio Ambiente de SC) também registrou sucessivos incêndios. O maior deles, em setembro, quando mais de 800 hectares foram destruídos no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. De setembro de 2019 a maio de 2020, somente a maior unidade de conservação estadual Santa perdeu 1.250 hectares de vegetação e de biodiversidade, o equivalente a 1.250 campos de futebol.

    morro do cambirela com fumaça subindo de diversos pontos da vegetação em foto do helicóptero
    Queimada foi registrada no alto do pico do Cambirela, no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro – CBM-SC/Divulgação/CSC

    Nas investigações, encerradas em boa parte destas ocorrências, a Polícia chegou à conclusão que os incêndios ocorreram por ação humana.

    Após o incêndio de setembro de 2019, as equipes do estado e do município de Palhoça desenvolveram o plano de contingência do Parque da Serra do Tabuleiro que, entre outros, tem por finalidade dar uma resposta mais ágil e conjunta ao combate a incêndios.

    Campanha de conscientização

    Nessa semana o IMA também lança em suas redes sociais uma campanha intitulada “Nosso Parque”, que tem por finalidade sensibilizar a população para a preservação das riquezas naturais catarinenses, também com cuidados para evitar incêndios que destruam a vegetação e a biodiversidade do estado.

    Publicidade