Uma ocupação denominada Carlos Marighella na Guarda do Cubatão, em Palhoça, teve conflitos entre ocupantes e moradores nesta terça-feira (10/5). A polícia interviu para evitar um confronto físico.
Segundo a Polícia Militar, a corporação foi acionada devido a manifestação de moradores do local que são contrários a invasão aos prédios abandonados. Os moradores teriam se reunido e investido contra os invasores de um prédio abandonado na rua Natalino Campos Schaimann. A PM, então, precisou intervir, com apoio do pelotão de choque, para que não houvesse maior confronto entre as partes.
Ainda conforme informações da polícia, o confronto foi resolvido momentaneamente, porém a situação está sendo mediada pela Prefeitura de Palhoça e a Defensoria Pública do estado.
Já a organização da ocupação avalia o episódio como uma violência contra as pessoas que estão abrigadas no prédio abandonado: “Após ataque brutal de parte de moradores ao redor da ocupação, que deixou mães grávidas, crianças e demais ocupantes feridos e desesperados, a PM visita casa de moradores que organizaram o ataque que por pouco não acabou num massacre e tragédia”, relatou o grupo nas redes sociais.
A situação ficou tensa durante todo o dia. Os ocupantes do prédio que fora abandonado no meio da obra afirmam que foram também agredidos e que alguns moradores portavam armas de fogo para ameaçar as famílias instaladas provisoriamente no local.
A ocupação do prédio abandonado na Guarda do Cubatão denominada Carlos Marighella iniciou na quinta-feira (5/5) com cerca de 100 pessoas, incluindo idosos, mulheres grávidas e crianças. Em manifesto nas redes sociais, o grupo responsável pela ocupação afirma que o movimento é para reivindicar moradias e aluguéis acessíveis, contra a especulação imobiliária na região.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br