Moradores do bairro Capoeiras, na região continental de Florianópolis, estão sofrendo com uma série de roubos de fios elétricos. Segundo alguns relatos de residentes da Rua Joaquim Nabuco, os furtos de fiação são quase que diários, afetando casas, comércios e templos religiosos.
Nessa semana, por exemplo, o Centro Espírita Manoel Francisco da Luz, nessa rua, foi assaltado pela terceira vez só nesse ano. Ladrões retiraram a fiação do relógio de luz, com um prejuízo de cerca de R$ 1.300,00. Os frequentadores do centro querem mais efetividade para cessar o problema, que não é restrito apenas à Capoeiras, mas sim em boa parte da área urbana da Grande Florianópolis. Outros moradores da região também afirmam que tiveram prejuízos.
Há relatos de moradores da Rua Joaquim Nabuco de que ladrões chegam até mesmo em um veículo para o roubo de fios. A Polícia Militar e a Secretaria de Segurança e Trânsito de Florianópolis, porém, não confirmam a informação sobre a utilização de um veículo nos crimes, mas reconhecem que há diversas ocorrências na região e trabalham para a captura dos ladrões.
“Não temos informações específicas deste caso mas temos acompanhado o problema do furto de fios em toda a região. Para lidar com isso, formamos uma força tarefa que realiza ações preventivas e repressivas voltadas especificamente para este crime”, diz o secretário de Segurança da capital, coronel Araújo Gomes. Ele destaca a força-tarefa “Fio Desencapado“, que reúne dez órgãos federais, estaduais e municipais e já realizou diversas operações ficando especificamente a receptação dos fios de cobre, fiscalizando mais de vinte pontos de comercialização de reciclados em toda a região, onde possivelmente os ladrões vão vender o material furtado.
“Além disso, estamos intensificando as rondas das Polícias Rodoviária Federal (na Via Expressa), Militar e da própria Guarda Municipal. Aliás, a Guarda Municipal estendeu suas rondas, que iam somente até a uma hora e reiniciaram as seis horas, para turno de 24 horas”, explica Araújo Gomes. Segundo avaliação do secretário ainda há “problemas pontuais”, mas houve uma redução de 45% nos registros junto à Polícia Civil sobre os furtos de fios na região.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br
