Motorista é condenado a 7 anos de prisão por homicídio em Florianópolis

Sério Orlandini Sirotsky atropelou três pessoas em 2017 após sair de balada em Jurerê

entrada do tjsc com escultura e inscrição poder judiciário tribunal de justiça de santa catarina
Ângelo Medeiros/TJSC

O Tribunal do Juri condenou o motorista Sérgio Orlandini Sirotsky por matar um homem atropelado em Florianópolis. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (13/10) e resultou na condenação a 7 anos de restrição de liberdade, em regime inicial semiaberto.

O caso ocorreu no final da madrugada de 6 de agosto de 2017, quando o jovem, então com 21 anos, saiu de uma balada de Jurerê Internacional e, em seu Audi A3, tentou ultrapassar um ônibus pelo acostamento da rodovia SC-402, atropelando três homens que caminhavam no acostamento: Sérgio Teixeira da Luz, Edson Mendonça de Oliveira e Rafael Machado da Cruz.

Sérgio, 23 anos, morreu cinco dias depois no hospital. Os pedestres ainda foram atropelados uma segunda vez por outro motorista que saíra da mesma festa – esse segundo condutor também foi condenado à prisão.

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Sergio Orlandini Sirotsky não parou para ajudar. Abandonou seu carro alguns quilômetros mais a frente, na SC-401, e foi de carona para casa com amigos, que supostamente não sabiam do ocorrido.

O júri popular do Tribunal de Justiça de Santa Catarina entendeu que o réu cometeu um homicídio doloso ao dirigir embriagado e provocar a morte de um pedestre. O Ministério Público de SC sustentou que houve “dolo eventual” – mesmo sem a intenção de matar, assumiu o risco ao dirigir em alta velocidade com a capacidade psicomotora alterada. Os atropelamentos das outras duas vítimas foram também considerados tentativas de homicídio.

A condenação foi então pelo homicídio, duas tentativas, e três omissões de socorro. A sentença, da juíza Erica Lourenço de Lima Ferreira, foi de 7 anos, 2 meses e 12 dias de reclusão e 7 meses e 6 dias de prisão em regime inicial semiaberto, com reclusão noturna durante a semana e total no presídio aos finais de semana.

Sirotsky, cuja família é do ramo da comunicação de massas, já havia pago indenizações às famílias dos três homens atropelados antes do julgamento. Pela notoriedade do sobrenome o caso ganhou repercussão nacional, além de uma história prévia que o mesmo se envolvera anos antes em um suposto caso de estupro de uma colega de turma. Ele ainda pode recorrer da sentença.

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