Em diversas cidades de Santa Catarina ocorrem nesta quinta-feira (7/5) manifestações de motoristas de vans escolares. A reivindicação da categoria é para que haja auxílio por parte do governo estadual, como isenção das taxas e licenciamento dos veículos.
Segundo Pedro Januário de Souza, o Tio Pedro, presidente do Sindicato do Transporte Escolar Rodoviário de São José, a categoria foi uma das primeiras a paralisar nessa pandemia, e não recebe qualquer tipo de auxílio por parte dos governos federal, estadual ou municipal.
Sem previsão de retorno ao trabalho, os motoristas das vans e micro-ônibus escolares estão preocupados com as contas. “95% do transportador escolar a sua renda é exclusiva do transporte escolar. Muitos desses transportadores têm suas vans financiadas, não recebendo nenhuma carência do banco. A negociação que alguns bancos estão tentando fazer é um refinanciamento das prestações, e isso aí está encarecendo muito”, relata Tio Pedro.
“Como a rede de transporte escolar é exclusiva, muitos dependem disso para o financiamento do carro, alimentação, moradia. Então o transportador escolar está vivendo uma situação nunca vista e nenhum órgão público se manifestou em ajudar”, finaliza.
Segundo o vice-presidente do Sinetre, Sílvio Pinheiro, há em São José em média 110 carros de transporte escolar em atuação. Já as parcelas de financiamento dos veículos variam entre R$ 1.800 e R$ 3.200.
As vans e micro-ônibus circulam em São José e Florianópolis durante essa quinta para dar visibilidade à situação desses trabalhadores.