Um em cada cinco servidores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), incluindo professores e técnicos administrativos, optou por não se vacinar contra o coronvírus. É o que alerta o professor Sérgio Fernando Torres de Freitas, membro da comissão permanente de monitoramento epidemiológico da UFSC e docente do programa de pós-graduação em Saúde Coletiva.
Para ele, o dado é “extremamente preocupante, porque no retorno presencial às atividades esses servidores são potenciais candidatos a ficarem doentes, com as formas mais graves”.
As informações estão disponíveis no painel ativo de dados epidemiológicos da UFSC, e têm como fontes a Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas e as Secretarias Municipais de Saúde.
Devido à aceleração dos casos de contágio pela covid-19, com a variante ômicron, a reitoria da UFSC decidiu suspender por tempo indeterminado o avanço do retorno às atividades presenciais. No dia 10 de janeiro, deveriam voltar ao trabalho presencial, em todas as unidades administrativas e acadêmicas da UFSC, todos os servidores que não pertencem a nenhum grupo de risco. Com a suspensão, cada setor poderá continuar a executar os atuais planos de atividades.
Para os cursos de graduação e pós-graduação, está mantido o calendário acadêmico do ano letivo de 2022 aprovado pelo Conselho Universitário (CUn), com a retomada das aulas presenciais no início dos primeiros períodos letivos. Na graduação, o primeiro semestre de 2022 começa em 18 de abril e vai até 3 de agosto. Na pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), o calendário referencial para os diferentes regimes prevê aulas a partir de 7 de março.
Já o Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) e o Colégio de Aplicação (CA) seguem calendário diferenciado e deverão iniciar em 10 de fevereiro a Fase 3 de enfrentamento à pandemia, com retomada plena das atividades presenciais.
Para o professor Sérgio Fernando Torres de Freitas, é importante que cuidados sejam tomados para prevenir a proliferação do vírus com o retorno das atividades presenciais. “Eu entendo que o passaporte da vacina é fundamental para a retomada do ensino presencial seguro”, defende Freitas.
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“Os dados nos mostram que com a ômicron, e com o nível de vacinação que nós temos, de cada 10 mil pessoas, morrem aproximadamente 150; dessas 150, 136 são não-vacinadas. Isso mostra o impacto da vacina. Dos 14 que estão vacinados, 12 têm mais de 70 anos de idade e todos têm comorbidades. Então, com a vacina, a doença se tornou mais branda, menos perigosa”, aponta Freitas.
A UFSC ainda não se manifestou sobre a exigência do passaporte, que será cobrado em pelo menos 27 universidades federais em todo o país e no IFSC.
Por imprensa Apufsc