O sistema de despoluição da baía da Beira-mar norte, em Florianópolis, continua apresentando resultados instáveis. Após quatro análises consecutivas apresentarem bons índices, abaixo da linha considerada própria para banho, nesta semana um novo relatório do Instituto do Meio Ambiente (IMA) mostra que houve uma “explosão” nos coliformes fecais no local.
A coleta de segunda-feira (7/10) mostra que havia 16.000 Escherichia coli por 100 mililitros de água. A condição própria para banho é ocorre quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras coletadas nas cinco semanas anteriores houver no máximo 800 Escherichia coli por 100 mililitros.
Tanto a Casan, responsável pela obra e pelo sistema de esgotamento, quanto a prefeitura de Florianópolis, foram cautelosas ao longo do ano com os resultados. Inicialmente se esperava que a condição própria para banho seria atingida entre três e quatro meses após a conclusão da obra, em março.
Histórico recente de balneabilidade
Data | Hora | E.Coli /100ml | Condição |
07/10 | 11:53 | 16000 | IMPRÓPRIA |
02/10 | 10:50 | 800 | PRÓPRIA |
25/09 | 09:47 | 20 | PRÓPRIA |
17/09 | 10:39 | 700 | PRÓPRIA |
09/09 | 06:15 | 300 | PRÓPRIA |
Há um mês a praia da Beira-mar norte conseguiu chegar à condição de própria para banho e em 25 de setembro alcançou o menor e melhor resultado, 20 E. coli/100ml. Nesse ínterim houve quem se arriscou a botar o pé na água, mas nas duas semanas seguintes as análises de balneabilidade apresentam um novo pico de bactérias no mar.
Enquanto o local não mantém uma estabilidade na qualidade própria para a água, a prefeitura ainda não arrisca em bater o martelo pelo engordamento da praia, anunciada pelo prefeito na ocasião da inauguração da obra de limpeza.