Traiu não traiu
Política sem traição não é novidade nenhuma. E se não tivesse essa herança secular nos governos, seja ele qual for, a coisa não teria graça para muitos que adoram ver o palacete real sendo incendiado. Por conta disso, pra mim não é novidade alguma ver o presidente Jair Bolsonaro sendo atraiçoado miseravelmente por muitos que ele ajudou a eleger e outros que ele trouxe para compor seus ministérios. Sem querer dar pitaco nesse assunto, essa briga do traiu ou não traiu é a papinha quente do momento.
Gol olímpico
Quem conhece e gosta de futebol sabe muito bem que o gol olímpico é um dos lances mais bonitos. É aquele momento em que o jogador efetua a cobrança de um escanteio e a bola caprichosamente entra direto no gol, sem tocar em ninguém. É o tipo de gol difícil de ser marcado e ao mesmo tempo bonito e raro de se ver. Mas não pensem que este lance nasceu no futebol brasileiro. Tudo começou num jogo amistoso entre as seleções da Argentina e Uruguai em 2 de outubro de 1924, quando o argentino Cesáreo fez esse tipo de gol. Para zombar a seleção uruguaia que havia ganho a Olimpíada em Paris, os argentinos chamaram o lance de “Gol Olímpico”. No Brasil o primeiro gol olímpico foi marcado por Santana, do Vasco da Gama, em 1928, num amistoso contra o Montevidéu Wanderers.
Saudade de viver
Em época de contágio esse tal de Covid-19 está servindo para nos mostrar como devemos nos preocupar um pouco mais com aqueles que nos circundam. Seja um parente, aquele vizinho querido, o colega de trabalho, aquele amigo. Isso também tá servindo pra mostrar que nem só de dinheiro vive a sociedade. Acredito que todos nós estamos sentindo a falta daquela convivência com quem estimamos. Nos velórios é comum irmos nos despedir daqueles que amamos. E quem diria que estamos perdendo amigos e não podemos dar o último toque, ver o seu rosto pela última vez? Tô com saudades de um monte de coisas. De abraçar e beijar amigos e parentes, das rodadas de cervejinhas geladas com a rapaziada no Bistrô do Dedé, de apitar uma boa pelada de futebol, de sair por aí sem ser proibido. Tô com saudade de viver.
Home office
Mesmo com a incerteza se terão ou não que disputar as quartas de final do Catarinão por causa da crise do coronavírus, os jogadores não podem parar e o negócio é trabalhar no método “home office”: continuar seus treinamentos confinados em suas casas. Por conta disso, a comissão técnica do Avaí apresentou um cronograma para seus atletas, que começou na segunda-feira (4/5). Dentro do programa de exercícios ajustados pela comissão técnica, tem o acompanhamento da fisiologia, DM e a parte nutricional. Essa é a opção que o departamento de futebol do clube azurra achou para manter os seus jogadores preparados, visando uma possível retomada aos gramados.
Reduzindo os salários
Sem um prazo concreto para o regresso do futebol no Brasil e no mundo, os clubes são forçados a alterar as finanças, tanto nas receitas, mas principalmente nas suas despesas. O prenúncio por conta de tudo isso que está acontecendo por aí em 2020 coloca em xeque os orçamentos dos clubes. Na questão salarial, muitos desses clubes, inclusive os considerados grandes, estão tomando ações, e por aqui não poderia ser diferente. Luciano Sorriso, novo executivo de futebol do alvinegro da capital, está contente com a boa aceitação da maioria dos jogadores do time em concordar com a redução salarial de 25% nesse momento em que todos devam dar as mãos visando um futuro melhor. O Figueirense tem pela frente a conclusão do catarinense, Copa do Brasil em andamento e a segundona brasileira.
Sem conversa
Não convidem para a mesma mesa alguns presidentes de clubes do futebol catarinense, dirigentes da Federação Catarinense de Futebol e o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés. Porque se o assunto é o retorno do campeonato catarinense, por enquanto para Moisés isso não tem conversa. A FCF, junto com a Associação de Clubes, já tentou por duas ocasiões falar com o “homem”, mas ele se mantém num silêncio sepulcral. Aliás, esse distanciamento de Moisés não é somente com os dirigentes de futebol. Alguns prefeitos também estão tendo dificuldades de agendar audiências com o soberano. Os clubes daqui já chegaram até pedir a influência de algum politico, mas o profeta continua sem vontade de pelo menos conversar sobre o assunto. Ou seja, se o negócio é o retorno do futebol, isso é sem conversa e ponto final.
Drops da arquibancada
- Interessante a campanha que vem fazendo um dos clubes mais tradicionais do futebol catarinense, o Marcílio Dias. Trata-se do “Dívida Zero”, aonde torcedores e empresas ajudam o Cilinho com o que podem para reduzir dívidas de outras administrações.
- Já que o profeta Moisés não quer escutar os representantes do futebol de SC, o prefeito da manezada, Gean Loureiro, prometeu receber os dirigentes de Avaí e Figueirense nessa sexta-feira (8/5) no paço municipal.
- Sem o nosso bendito futebol, quem vem batendo um bolão é o timaço do pessoal que trabalha na Saúde. Seja em hospitais públicos ou particulares, clinicas médicas, postos de saúde, Samu e outros segmentos, essa rapaziada se empenha na linha de frente da pandemia. Esses profissionais, que precisam abrir mão de suas famílias, são verdadeiros heróis e gigantes da saúde.
Cartão/vermelho
Cartão rosa para todos que de uma forma ou de outra integram os quadros de uma das maiores instituições de nosso estado que está de parabéns nessa semana. A Policia Militar de Santa Catarina completou, na terça-feira (4), 185 anos de existência, cumprindo suas mais diversas responsabilidades no campo da segurança pública estadual. Mesmo nesse momento difícil, a PMSC tem muito o que comemorar. Parabéns, policial militar, eu me orgulho de você.
Cartão vermelho para este imbróglio que se meteu o governo estadual na compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões com dispensa de licitação que não chegaram ainda e não se sabe se vão chegar. E o que é pior: com pagamento antecipado. A Justiça até mandou bloquear os R$ 33 milhões, mas só encontrou um pouco mais de R$ 483 mil na conta da Veigamed (uma empresa carioca fundo de quintal). O povo catarinense quer saber aonde estão os outros mais de R$ 32 milhões. Até parece que esses bocós caíram no conto do bilhete premiado.
Pensamento do Bambi
Saudades das epidemias da minha geração: piolhos e lêndeas. O distanciamento era: “Não ande com gente piolhenta”.