A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13/2) a Operação Narcos, cujo objetivo é desmontar organização criminosa voltada ao tráfico de drogas e armas e ligada à facção criminosa.
Segundo a PF, a investigação aponta que a organização atuava em vários estados do país, utilizando pequenas aeronaves e aeródromos para trazer drogas da Bolívia de forma clandestina, com posterior revenda no mercado interno ou envio para outros países por meio de transporte marítimo, a partir de portos localizados em Santa Catarina e em outros estados do país.
Quase duas toneladas de cocaína foram apreendidas durante a investigação, bem como 12 aeronaves, o que resultou na prisão em flagrante de alguns integrantes do grupo, tendo, inclusive, um dos seus líderes sido preso em meados de 2019 no Pará. A apuração da PF mostra que a quadrilha também traficava armas de calibre restrito.
A PF identificou que os principais suspeitos possuíam patrimônios milionários registrados em seus nomes e no de terceiros (parentes, empresas e outros ‘laranjas’), razão que levou ao sequestro de imóveis, vários de alto padrão, incluindo apartamentos em Itapema, Bombinhas, Porto Belo e um sítio em Canelinha. Também foram sequestrados automóveis de alto valor, incluindo BMW X6 e Land Rover. Foi também determinado o bloqueio de contas de 25 investigados.
Nesta quinta, a PF cumpre 24 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão em Balneário Camboriú, Bombinhas, Brusque, Canelinha, Florianópolis, Itapema e Porto Belo, em Santa Catarina, Eunápolis e Porto Seguro, na Bahia, em Governador Valadares, Minas Gerais, em Linhares, no Espírito Santo, e em Canoas, no Rio Grande do Sul.