Empresas de fachada utilizadas para lavar dinheiro do narcotráfico em Florianópolis foram alvos de operação de bloqueio de bens da Polícia Civil nesta sexta-feira (27/10). Segundo a instituição, foram cumpridos mandatos judiciais com o intuito de confiscar até R$ 1 bilhão em ativos financeiros da quadrilha PGC, que tem forte atuação na região Norte da ilha.
A operação, a cargo da Delegacia de Combate às Drogas (Decod), é denominada “Bilionarco”, na qual há o cumprimento de 84 mandados de buscas e apreensões em Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo. Ao todo 250 agentes da Polícia Civil participam da operação, coordenada pelo Departamento de Investigação Criminal da Capital (DIC).
A investigação monitorou durante um ano movimentações financeiras da facção criminosa, que, segundo o delegado Walter Loyola, chegaram à casa de R$ 800 milhões nos últimos 4 anos. Os 28 criminosos identificados no esquema utilizavam então empresas de fachada, como construtoras e supermercados, para tentar maquiar o fluxo de dinheiro da venda de drogas. Seis pessoas acabaram presas em flagrante na deflagração dos mandatos.
Para alcançar parte do valor dessas movimentações ilegais, a justiça autorizou o bloqueio de até R$ 1 bilhão em bens, resultando na apreensão de 33 veículos de luxo e sequestro de 20 imóveis, propriedades usadas para lavagem de dinheiro e armazenamento de drogas. Segundo o delegado, alguns dos carros chegam a custar R$ 400 mil e entre os imóveis há terrenos e apartamentos.
Também foram congeladas contas bancárias para retirar o dinheiro das mãos da quadrilha catarinense e coletadas mais provas das movimentações financeiras. O balanço financeiro total dessas contas com o dinheiro do narcotráfico deverá sair em duas semanas.