Por unanimidade, Julio Garcia assume pela terceira vez a presidência da Alesc

deputado fala sorridente ao microfone em bancada e atrás na parede logo da alesc
"Não existe nova política e velha política. A política é uma só. Há pessoas que exercem bem a política e essas devem permanecer. Tem aquelas que não exercem bem. Essas têm que ir para casa", disse o deputado e presidente da Alesc, Julio Garcia, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (1/2) - Foto: Lucas Cervenka/CSC

Por unanimidade, o deputado Julio Garcia (PSD) foi eleito, na manhã desta sexta-feira (1º/2), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina para o biênio 2019-2021. Esta será a terceira vez que ele comandará o Parlamento estadual.

A sessão preparatória para a eleição do presidente durou aproximadamente 30 minutos e confirmou o acordo celebrado com as demais bancadas partidárias da Casa para a eleição de Julio Garcia. Uma reunião, realizada nesta quinta-feira (31/1), acertou a condução do parlamentar à Presidência do Legislativo estadual.

Julio Garcia foi o único candidato ao cargo. No discurso – em torno de 10 minutos -, ele agradeceu à família, aos correligionários, amigos e aos deputados recém-empossados.
“O agradecimento maior não pode ser feito a não ser às senhoras e aos senhores deputados. Me declaro agradecido e com o compromisso de juntos trabalharmos por Santa Catarina”, disse, citando um a um o nome dos 39 parlamentares.

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O presidente destacou que o acordo que o levou à eleição foi celebrado de forma republicana. “Não houve negociata, não houve divisão de mandato, há um compromisso com Santa Catarina. Isso é o que mais me orgulha”.

Julio Garcia também fez uma enfática defesa dos políticos e da política. “Sou político. Mas não basta dizer isso. Quero dizer mais, que tenho orgulho de ser político. Não sou da política nova, nem da velha. Considero que isso seja apenas um bordão de campanha.”

Ele considerou a política indispensável para a busca da harmonia entre os diferentes e da busca do bem comum. Afirmou que os políticos são indispensáveis para isso, e os bons devem ser respeitados, assim como a Assembleia catarinense. (Desde 1987 este é o sexto mandato de Julio Garcia como deputado estadual – deixou a Assembleia Legislativa ara ser Conselheiro do Tribunal de Contas e agora, de volta, foi eleito pelo terceira vez presidente da Alesc).

Julio Garcia se comprometeu a manter e a ampliar a transparência no Legislativo. Garantiu, também, que a Alesc não vai se submeter a projetos pessoais. “Conclamo aos 40 deputados que façamos uma nova filiação partidária e pelos próximos anos, filiemo-nos a um único partido: o Partido de Santa Catarina”, finalizou.

A sessão que elegeu Julio Garcia foi presidida pelo deputado Romildo Titon (MDB), que foi secretariada pelos deputados Moacir Sopelsa (MDB) e Neodi Saretta (PT).

Mesa diretora da Alesc

Minutos após ser eleito, Julio Garcia comandou a sessão preparatória que escolheu os demais membros da Mesa da Assembleia para o biênio 2019-2021.

Conforme acordo estabelecido no dia anterior, foi apresentada apenas a candidatura de uma chapa, formada pelos deputados Mauro de Nadal (MDB) para a 1ª Vice-Presidência, Rodrigo Minotto (PDT) para a 2ª Vice-Presidência, Laércio Schuster (PSB) como 1º secretário, Padre Pedro Baldissera (PT) 2º secretário, Altair Silva (PP) 3º secretário e Nilson Berlanda (PR) 4º secretário.

A chapa recebeu 38 votos dos 40 deputados. Votaram contra Bruno Souza (PSB) e Jessé Lopes (PSL).

Entrevista com o presidente, Julio Garcia

Correio – Qual questão o senhor considera mais urgente para Santa Catarina que vai ser tocada aqui na presidência da Casa?

Julio Garcia – Na verdade, nós estamos dependendo dos projetos do governo. O governo vai fazer uma reforma administrativa e só após essa reforma vamos nos posicionar. Santa Catarina tem muitas demandas, tem demanda na saúde, na segurança, na infraestrutura, o governo que tem que organizar isso e a Assembleia vai analisar todos os projetos, ajudar em tudo o que é possível, aprovar tudo o que for bom, modificar o que for necessário ser modificado e rejeitar o que tiver que ser rejeitado. Mas só começa para valer na hora que o governo mandar os projetos para a Assembleia.

Correio – A Assembleia vai estar em confluência com o governo do estado no que tange o enxugamento da máquina?

Julio Garcia – A assembleia vai trabalhar com independência. A nossa administração é independente e não tem nada a ver com o governo, mas vamos fazer harmonicamente, devidamente adequado ao tempo que estamos vivendo. A virtude do político está exatamente nisso: se adequar ao tempo em que estamos vivendo, e é isso que vamos procurar fazer.

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