Neste domingo (27/04), moradores da Praia do Forte, em Florianópolis, se mobilizaram em frente à Fortaleza de São José da Ponta Grossa.
O local é simbólico para a causa. Os moradores temem a decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que pode desapropriar suas casas. Eles acreditam que o terreno das 8 residências alvo do processo será usado para estacionamento no futuro.
Nova ação de demolição
Nesta terça-feira (29/04), uma nova tentativa de demolição está marcada. Serão atingidas 4 unidades, sendo 3 residenciais.
Em fevereiro, quando 8 imóveis estavam ameaçados, a comunidade conseguiu reverter a ação. Isso ocorreu após grande mobilização de moradores e apoiadores. Eles reclamam da insegurança jurídica e do impacto disso em suas vidas. Muitas pessoas que vivem nos imóveis ameaçados são da quinta geração no local.
Ivânio Alves da Luz, nascido na região, questiona: “Se os Beach Clubs podem, por que a gente não pode?”. Ele herdou do pai, que herdou do avô, e o avô do bisavô, um restaurante. Hoje, o local é um mercado que sustenta ele e sua esposa, Dona Meri.
Eduardo Jaques da Luz, sobrinho de Ivânio, também nasceu ali. Ele vê as tentativas de retirá-los como especulação imobiliária. Eduardo faz parte da Associação de Moradores da Praia do Forte e lamenta: “Nossa gente não pode pagar pelo progresso.”
Terça de não à demolição
Na terça-feira (29/04), a comunidade promete estar unida em vigília desde segunda-feira (28/04). Eles farão isso para impedir mais uma tentativa de apagar suas memórias e afetar o sustento de suas famílias.