De acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Grande Florianópolis concentra os preços mais altos de combustíveis em Santa Catarina. Enquanto que nas regiões de Blumenau, Joinville e Criciúma, por exemplo, a gasolina é vendida em média a R$ 3,90, na região metropolitana da capital o valor por litro é em torno de R$ 4,30.
Até 31 de março, última atualização da ANP, havia postos cobrando até R$ 4,49 o litro da gasolina comum em Palhoça, São José e Florianópolis. Há exceções: é possível encontrar nessa semana postos da região vendo o produto a R$ 4,04 por litro.
Nas últimas semanas os valores vêm caindo em todo o país. A Petrobras fez sucessivos cortes nesse ano, chegando a reduzir até 40% o preço nas refinarias, seguindo a queda mundial nos derivados de petróleo frente à pandemia do coronavírus. Nas bombas, porém, os preços demoraram a cair R$ 0,20 (cerca de 5%).
Procon da capital autua
Nesta segunda-feira (6/4), o Procon de Florianópolis percorreu alguns postos para verificar possíveis práticas de preços abusivos. Segundo o órgão, o preço médio por litro na capital é de R$ 4,28.
“Nós precisamos entender e mudar o cenário de que Florianópolis continua com os preços abusivos mesmo com a queda de valor por parte dos fornecedores”, diz Rodrigo César Cássio, gerente de fiscalização do Procon.
Até a manhã desta terça-feira (7), as equipes haviam fiscalizado e notificado 35 estabelecimentos por prática de preço abusivo. Após a fiscalização e notificação, cada posto tem o prazo de 48 horas para comprovar que não está realizando a prática de preços abusivos.
A queda na movimentação das cidades, diante das medidas de isolamento social, pode ser apontada como um dos fatores na demora em baixar o preço, uma vez que os postos não conseguiram terminar de vender toda a gasolina com preço antigo.
Nas fiscalizações, os estabelecimentos devem apresentar notas fiscais de compra e
venda dos combustíveis dos últimos 60 dias, bem como mostrar o livro de movimentação de combustível (LMC), que contém todas as informações de quantidade de produtos nos tanques e o quanto foi vendido. Caso a administração do posto não consiga justificar o preço, pode resultar em pagamento de multa ou interdição.