A Controladoria-Geral de Florianópolis publicou no diário oficial neste sábado, (3/6) a abertura de uma sindicância para analisar possíveis responsabilidades de servidores em greve no descumprimento de medida judicial que determina o retorno ao trabalho.
A decisão ocorre após a declaração da ilegalidade da greve em Florianópolis pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A partir da decisão judicial e da recomendação do Ministério Público de Santa Catarina, o executivo municipal deu início aos procedimentos para a exoneração dos servidores faltantes.
A comissão encarregada de conduzir a sindicância é composta por servidores da Controladoria, Procuradoria, secretarias de Administração, Governo, Saúde, Educação e Assistência Social. Segundo a prefeitura, essa comissão tem o prazo de 72 horas para concluir a análise e dar início aos processos administrativos individuais envolvendo os servidores que participam da paralisação.
O embate em Florianópolis, entre a administração e o sindicato de servidores, ocorre por discordância do reajuste salarial e, principalmente, pela contrariedade do Sintrasem à propostas de terceirização dos serviços de saúde nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) das regiões Norte e Sul da ilha. O sindicato argumenta que a terceirização pode precarizar as condições de trabalho dos profissionais da saúde, e a prefeitura argumenta que a terceirização é necessária para garantir atendimentos à população e economia ao município.
Audiência no Ministério do Trabalho
Está marcada para esta segunda-feira (5/6), às 14h, uma audiência entre prefeitura e sindicato na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, órgão que vai mediar uma possível negociação, com finalidade de acabar com a greve na capital.