A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Florianópolis intensificou o controle da frequência escolar nas 39 escolas da rede municipal. Em parceria com as unidades educativas, o órgão central da SME passou a monitorar de forma mais rigorosa a presença dos estudantes.
Entre abril e maio, a Diretoria de Planejamento e Dados Educacionais promoveu reuniões em todas as escolas. O objetivo foi padronizar os procedimentos e aumentar a eficácia da busca ativa, estratégia voltada à redução da evasão.
Durante os encontros, diretores e orientadores educacionais alinharam práticas com os professores. Juntos, eles atuam diretamente com os alunos e suas famílias, fortalecendo o vínculo entre escola e comunidade.
Monitoramento mais eficiente e novas matrículas
Além disso, a equipe de fluxo de frequência da SME intensificou o apoio às unidades na identificação e resolução de casos de afastamento, abandono e inativação de matrícula.
Segundo o secretário de Educação, Thiago Peixoto, a iniciativa faz parte do Plano Floripa Mais Aprendizagem. “Nosso compromisso é com o direito à educação. Queremos garantir o acesso, a permanência e o sucesso escolar de todos os estudantes”, afirmou.
Conforme portaria da SME, o estudante com faltas injustificadas por 15 dias passa a ser considerado de baixa frequência. A escola deve iniciar ações de busca ativa a partir de duas faltas consecutivas e cadastrar o nome do aluno no programa “Apoia”, do Ministério Público de Santa Catarina.
Graças a essa mobilização, a SME liberou vagas ociosas em diversas unidades. Como resultado, 2.232 novos alunos já ingressaram na rede, com base na lista de intenção de matrícula.
Esse avanço só foi possível porque os monitores do ensino fundamental passaram a contar com o reforço da nova equipe de fluxo de frequência. Assim, o processo de acompanhamento se tornou mais ágil e eficiente.
Além disso, a SME pretende manter o diálogo contínuo com as escolas. “Queremos apoiar os profissionais para identificar quem está em risco e agir rapidamente. Também vamos trabalhar para trazer de volta os que abandonaram os estudos”, explicou Peixoto.
O secretário ressaltou a importância de acolher as famílias com empatia. Mesmo com uma taxa de abandono de apenas 0,8%, segundo o Censo Escolar, ele reforça: “Não importa se o índice é pequeno. Lugar de criança e adolescente é na escola.”