Por volta de meio-dia desta quinta-feira (18/1), o prefeito Topázio Neto foi aos canais de televisão de Florianópolis dar explicações e publicou em redes sociais contrapontos à Operação Presságio, que investiga o primeiro contrato de coleta de lixo terceirizado na cidade, firmado em 2021 com a empresa Amazon Fort. Segundo a Polícia Civil há indícios de irregularidade tanto na contratação, quanto na execução, o que culminou no inquérito envolvendo quatro funcionários – dois servidores, Ed Pereira e Fábio Braga, e dois comissionados da Câmara de Florianópolis.
Em entrevita ao canal NSC, Topázio Neto enfatizou a criação, no final de 2022, de um grupo anticorrupção dentro da prefeitura, em colaboração com a polícia civil e a Controladoria do município. O prefeito destacou que essa iniciativa visa revisar os processos internos e, se necessário, desencadear operações como a “Presságio”. Ele ressaltou que a operação foi uma surpresa para ele, já que não acompanha detalhadamente as discussões do grupo anticorrupção.
Questionado sobre a citação de dois secretários, Ed Pereira e Fábio Braga, Topázio afirmou que a prefeitura ainda não recebeu o processo e, portanto, desconhece os detalhes levantados contra os secretários. “A gente vai tomar aquelas medidas que forem necessárias. Como eu falei, o meu compromisso é fazer o certo e corrigir o que está errado. O nosso núcleo anticorrupção existe para isso, para colaborar nas investigações e participar. De forma nenhuma eu vou passar a mão na cabeça do que tiver errado”.
Sobre as informações divulgadas pela Polícia Civil, Topázio Neto abordou as alegações de contratações que antecederam uma greve, explicando que o nome “Presságio” faz referência à ideia de que as contratações já previam eventos futuros. Ele expressou a necessidade de entender o que o processo traz de novo e mencionou a possível recomendação de afastamento de alguns servidores, aguardando acesso ao processo para tomar decisões.
Ao ser questionado sobre o envolvimento de secretários de diferentes áreas, como meio ambiente e turismo, o prefeito esclareceu que o secretário de turismo, na época secretário de esporte, era responsável pela área onde ocorreu um possível crime ambiental durante uma greve da Comcap em 2021. Ele afirmou que a rescisão do contrato com a empresa Amazon Fort em 2022 ocorreu devido à má qualidade do serviço prestado, mas que o contrato era legal. O prefeito salientou que, naquela época, não havia conhecimento das irregularidades na contratação da empresa.
O prefeito terminou a entrevista enfatizando que a administração municipal está comprometida em fazer o correto e corrigir eventuais equívocos, respeitando os processos legais e colaborando com as investigações para que tudo seja esclarecido de forma transparente.
A Câmara de Florianópolis ainda não informou de qual gabinete são os dois servidores arrolados na investigação.