O prefeito de São José, Orvino Coelho de Ávila, esteve no legislativo nesta quinta-feira (19) para entregar o projeto sobre o empréstimo para construção da Av. Beira-mar de Barreiros, incluido detalhes do projeto.
Orvino esteve acompanhado do vice, Michel Schlemper, secretários municipais, representantes do Fonplata (banco autorizado paro empréstimo) e da Prosul (empresa que ganhou a licitação para modelar o projeto).
A obra é considerada pela gestão de Orvino como crucial não apenas para a região da capital, como para Santa Catarina. Segundo estimativa da prefeitura, em 2035 serão 37 mil carros que precisarão sair da ilha diariamente para acessar Barreiros, Biguaçu, outros locais no entorno ou a BR-101 para o norte.
“Nós começamos o projeto em 2021, viemos passo a passo e agora avançamos, mas há muita coisa a ser feita, que espero que não seja longo. Quanto mais rápido for apreciado aqui no Legislativo, mais rápido essa obra sairá do papel”, disse o prefeito na entrega do projeto de lei.
A obra toda está orçada em R$ 509 milhões: R$ 244 milhões de São José e R$ 265 milhões de Florianópolis — ambos os valores serão financiados. Por São José, o empréstimo ocorrerá com o Fonplata no valor de 43,2 milhões de dólares, com necessidade de contrapartida de 10 milhões de dólares da prefeitura. O montante deve ser pago em 20 anos.
A matéria (PL 0143/2023) passará simultaneamente em duas comissões permanentes, de Constituição e Justiça e na de Finanças, para acelerar a tramitação na Câmara de São José.
Detalhes do projeto da Beira-mar de Barreiros
A avenida terá 8,250 km, dividos em 3.750m de São José (a Avenida Beira-mar de Barreiros) e 4.500m da capital (extensão da Beira-mar Continental).
O novo aterro de 38 hectares não comportará somente uma avenida de seis pistas (em sentido duplo) e a marginal, mas sim ciclovia, pista de skate, calçadão, estacionamentos, quiosques e salas de diversos usos.
Conforme a prefeitura serão construídas três “ilhas” – espaços distribuídos ao longo da avenida – com serviços diversos, com 5 salas multiuso (de 40 m² cada), destinadas ao ensino de educação ambiental, informática, culinária, artesanato, dança, entre outros.
Estão previstas também uma sala de 200 m² para reuniões e comemorações e uma concha acústica de 150 m² para apresentações culturais.
Além dos cerca de 4km de avenida com quatro pontes, entre a divisa com Florianópolis e a conexão com a BR-101, o projeto prevê a melhoria de 2,8km de vias de acesso à futura via. Há a previsão de necessidade de desapropriação de 20 imóveis.
Dois pontos cruciais, porém ainda indefinidos, são a movimentação da Prefeitura de Florianópolis sobre o tema e a aceitação da Marinha sobre a interrupção do acesso ao mar no bairro Estreito.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br
