No projeto Escola do (Im) Possível, estudantes do 3º ano do Centro Educacional Municipal (CEM) Santa Terezinha, no bairro Forquilhas, em São José, vivenciam uma experiência de educação imersiva que reflete sobre nossas ações e impactos para o meio ambiente.
Em sete episódios, que mesclam atividades em ambiente digital e presencial, os estudantes conhecem a história de Masami Alamair, uma cientista-alquimista que vive em um tempo no futuro e sofre as consequências catastróficas que há muito tempo alertava-se. Masami convoca outros profissionais para buscar soluções. “Então, eles fundam a SOS Sinestesia, uma organização secreta que pretende se comunicar com as crianças das escolas do passado (no caso o nosso presente) para salvar o planeta”, detalhou a diretora do CEM Santa Terezinha, Luciana Muniz Farias.
Projeto piloto
O projeto, realização da Platô Cultural, financiado pela ITAC Climate Collective, em parceria com a Prefeitura de São José, é piloto no Brasil. A intenção é que seja expandido a partir do próximo ano para outras unidades escolares. “Ao todo são cinco iniciativas assim no mundo que trabalham mudanças climáticas através da arte-educação. Os outros são na: Austrália, Filipinas, África do Sul e Sérvia. São projetos diferentes, trabalhando com faixas etárias diferentes com outras abordagens”, explicou a diretora da Platô Cultural, Francine Kliemann.
“Consideramos fantástico esse projeto. Estudantes, professores, estamos encantados com essa experiência criativa para abordar um tema tão importante como a preservação ambiental”, avaliou a secretária Municipal de Educação, Ana Cristina Hoffmann.
Um mistério a ser resolvido
Na sexta-feira (22), os estudantes participaram do 4º episódio e encontraram o portal que faz essa conexão entre passado e futuro. A atividade começa com um mistério: o sumiço dos livros da estante que estavam em sala de aula desde o início do projeto. Seguindo pistas e desenvolvendo dinâmicas de grupo que demonstram essa percepção de cuidado coletivo com o planeta, os estudantes desvendam que o portal fica na Mata Atlântica, do Parque Ambiental dos Sabiás, ao lado do CEM Santa Terezinha. O caminho até o portal é cheio de ensinamentos sobre a mata nativa e aos poucos os alunos vão encontrando os livros que estavam sumidos.
Empolgadas com tantas descobertas, as crianças voltam para o auditório da Escola do Meio Ambiente para escrever o conteúdo dos livros com dicas de cuidados ambientais. “Não podemos jogar lixo no chão, não podemos maltratar os animais, precisamos ajudar a cuidar da Mata Atlântica”, relatou Alice sobre o que pretende escrever no seu livro. “Faz todo sentido essa nossa descoberta. Já tenho várias ideias para o livro e para compartilhar com as pessoas”, anunciou Evillyn Rebeka Lisboa Viana, de oito anos.
Nos próximos episódios, pais e professores serão convidados a participar e ouvir a experiência das crianças para todos se engajarem no cuidado com o planeta.